A partir de uma proposta bastante ousada da Nokia, um celular com formato de gota d’água para alguns, ou folha para outros, foi lançado em setembro de 2003, sendo o segundo aparelho da empresa compatível para redes 3G.

Conhecido como Nokia 7600, o dispositivo pesava 123 gramas e parecia um pequeno gamepad ou um brinquedo como o Tamagotchi. Com a tela no centro e botões alinhados verticalmente nas duas extremidades para dar a ideia do “polegar duplo”, grande parte da área de superfície (87 mm de altura x 78 mm de largura) era reservada para a tela de 65 mil cores.

O telefone era considerado pela empresa uma abertura para o mundo das comunicações multimídia. As pessoas podiam capturar fotos com sua câmera VGA de 0,3 MP, além de realizar videoclipes com áudio de até 2,5 minutos de duração. Também era possível enviar e receber as mensagens multimídia mesmo durante uma chamada telefônica, assim como mandar e-mail, assistir notícias da televisão ao baixar pela Internet móvel e ouvir música.

O MP3 integrado podia reproduzir seguidamente até 50 minutos de música com qualidade próxima dos CDs, de acordo com o anúncio da Nokia. Os arquivos eram salvos na memória interna do dispositivo. Havia conexão USB, Bluetooth e infravermelho. Na rede 2G, o usuário podia usar o 7600 por até quatro horas, enquanto no 3G era possível até 2,9 horas. Já em standby, até 12,5 dias em ambas as redes.

Além disso, a bateria era de 850 mAh, incluía toques polifônicos, suporte para aplicativos Java e velocidade de conexão de dados de até 384 Kbps. As capas do celular eram nas cores ouro e prata.

Apesar de a marca ter considerado uma transgressão a ideia do design justamente para facilitar o manuseio do teclado, este foi o maior impasse para os usuários aderirem. Era desajeitado e difícil de usar, ainda mais porque precisava sempre das duas mãos e as pessoas já estavam acostumadas com o layout tradicional do teclado, sendo trabalhoso se ajustar a um novo.