A TIM apresentou na noite da última terça-feira, 11, os resultados financeiros para o quarto trimestre de 2019 e para o consolidado do ano passado. No período, a companhia aumentou sua receita líquida em 2,3%, fechando o ano com faturamento de R$ 17,3 bilhões; já o lucro líquido normalizado subiu 32,1%, para R$ 2,049 bilhões.

Apenas no quarto trimestre de 2019, os números indicam receita líquida de R$ 4,587 bilhões (alta de 2,9%) e lucro líquido normalizado de R$ 756 milhões (avanço de 28,7%). Já o Ebitda normalizado da companhia cresceu 8,1% entre outubro e novembro, para R$ 1,967 bilhão (com margem de 42,9%); no acumulado de 2019, houve alta de 6,7%, para R$ 6,798 bilhões (com margem de 39,1%).

Considerando apenas a receita de serviços, houve alta de 3,2% no último trimestre do ano passado (para R$ 4,357 bilhões) e aumento de 2,4% em 2019 (para R$ 16,597 bilhões). A receita exclusivamente móvel, por sua vez, ficou em R$ 4,101 bilhões entre outubro e dezembro (+2,6%) e R$ 15,648 bilhões ao longo do ano (+1,9%).

A TIM encerrou 2019 com 39,4% da base móvel no pós-pago após esforços para transição de clientes para a modalidade. A receita média por cliente da categoria (ARPU) cresceu 0,6% ao longo do ano (com desempenho mais forte a partir do segundo semestre), enquanto o ARPU do pré-pago avançou 4,2%. Dessa forma, o ARPU móvel da companhia fechou 2019 em R$ 23,7, ou crescimento de 5,6%.

Já a receita de serviços fixos somou R$ 256 milhões no quarto trimestre (alta de 15,1%) e R$ 949 milhões no acumulado de 2019 (salto de 11,3%). O maior impulso veio do TIM Live, que cresceu 30,6% e já equivale a 52% da receita fixa; o ARPU do serviço teve alta de 8% no ano.

Por sua vez, a receita de produtos recuou 2,9% no último trimestre do ano passado, para R$ 229 milhões; mesmo assim, em 2019 inteiro houve crescimento de 0,6%, para R$ 780 milhões.

Custos

A empresa também destacou redução nos custos e despesas operacionais. No cálculo normalizado, houve queda de 0,7% durante o quarto trimestre (para R$ 2,619 bilhões) e de 0,3% ao longo do ano, totalizando R$ 10,579 bilhões. Segundo a companhia, as cifras foram influenciadas positivamente pelo plano de eficiência implantado, que atingiu 80% de sua meta.

O fluxo de caixa operacional normalizado, assim, foi positivo em R$ 2,116 bilhões ao longo (em queda de 23,6% em um ano). Considerando apenas o quarto trimestre, o indicador apontou alta de 9,1%, para R$ 1,845 bilhão.

Já os investimentos somaram R$ 1,334 bilhão entre outubro e dezembro de 2019 (redução de 2,7%) e crescimento de 0,6% no ano inteiro, para R$ 3,853 bilhões. Projetos de TI, a implementação do 4G em 700 MHz, redes de transporte e fibra ótica até a residência (FTTH) foram os principais destinos dos aportes.

A dívida bruta da companhia, por sua vez, ficou em R$ 3,415 bilhões ao fim do quarto trimestre do ano passado, ou um crescimento de R$ 90 milhões. A maior parte dos valores (59%) está concentrada em contratos de longo prazo, sobretudo com o BNDES e debêntures. Já aproximadamente 11% é denominada em moeda estrangeira (USD), sendo protegida por hedge para moeda local.

Operacional

A TIM encerrou 2019 com uma base de clientes de 54,447 milhões no segmento móvel, em recuo de 2,6% no ano e de 0,1% frente o terceiro trimestre do ano passado. Destes, 32,984 milhões são do segmento pré-pago (queda anual de 7,6% e trimestral de 0,9%); já 21,463 milhões estão na categoria pós-paga (alta anual de 6,1% e trimestral de 1%).

A base de usuários 4G cresceu 12% ao longo do ano, para 38,641 milhões de clientes; na comparação com o terceiro tri, houve salto de 3,5%. A cobertura de quarta geração da empresa está em 3.477 cidades.

Já os usuários da banda larga fixa chegaram em 566 mil ao fim do ano passado, em alta de 21,1% e de 5,4% no trimestre. Segundo a empresa, nos últimos 12 meses, 119 mil acessos FTTH foram adicionados ao negócio. A cobertura da TIM Live fechou em 25 cidades no final do ano, sendo 23 delas com o FTTH, totalizando assim 2,3 milhões de homes-passed com fibra e outros 3,6 milhões com FTTC (fibra até o gabinete).