O presidente da Vivo, Christian Gebara, afirmou que o problema da falta de inclusão digital não é apenas de cobertura de rede, mas “principalmente da falta de recursos para comprar dispositivos”, como handsets que permitam aos brasileiros navegarem na rede, algo ligado diretamente ao excesso de tributos cobrados ao consumidor.

Dando o seu ponto de vista sobre a necessidade de a reforma tributária cobrir o setor de telecomunicações para levar a economia digital pelo Brasil afora, o executivo afirmou que também falta “poder aquisitivo” para os cidadãos poderem pagar por um serviço de conectividade.

Vivo ESG Day parte 2

CEO da Vivo, Christian Gebara (crédito: Vagner Medeiros/Vivo)

“Por mais barato que seja o serviço (de conectividade), quando comparamos com outros países ainda é muito tributado. Portanto, a nova reforma tributária tem que priorizar e privilegiar o acesso à Internet”, disse Gebara, durante o dia de ESG da operadora.

Afirmou ainda que, mesmo com a redução de ICMS que ocorreu em 2022 para o setor de telecomunicações, mais de 40% do valor pago por um cliente da operadora era “derivado de impostos diretos”, como ICMS e PIS/Cofins: “Isso equivale a 4 pontos percentuais de impostos (de fundos) setoriais. Esses que ainda nem estão sendo discutidos na reforma tributária”, completou Gebara.