A Ericsson e a MediaTek realizaram um teste de funcionalidade e compatibilidade de capacidade reduzida (reduced capability ou RedCap, no original em inglês) para equipamentos de 5G. Na prova, as empresas observaram com êxito a conexão em faixas corretas e otimização de bandas.

Na prova realizada entre as duas empresas, a Ericsson entrou com RAN 5G (Radio Access Network) com RedCap e a MediaTek com terminal com chipset T300 baseado no release 17 do 3GPP.

Importante dizer, a tecnologia RedCap combina a velocidade de LTE CAT-4 (150 Mbps) com pouco consumo de energia, eficiência e recursos do 5G Standalone (SA, 227 Mbps em sub 6 GHz), como posicionamento aprimorado, fatiamento de rede e baixa latência.

Casos de uso e arquitetura

Em conversa recente com Mobile Time, Russ Mestechkin, VP de vendas e novos negócios da MediaTek para Estados Unidos e América Latina, explicou que o RedCap é uma tendência que pode ajudar na expansão do 5G e de dispositivos, além de habilitar novos casos de uso. Isso acontecerá por reduzir a complexidade das operadoras na arquitetura de suas redes combinando 4G e 5G: “No fim do dia, o custo importa”, completa.

Ao mesmo tempo, o executivo afirma que o RedCap “não é para grande consumo de dados”. Mas por ter 5G SA e uma velocidade razoavelmente boa, o RedCap pode servir para dispositivos de Internet das Coisas domésticos e industriais, edge computing para casos mais simples, além de modems para fixed wireless access (FWA).

Vale lembrar, o vice-presidente de redes e serviços da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Marcos Scheffer, disse ano passado para esta publicação que um dos potenciais casos de uso que a fornecedora enxerga no RedCap é o FWA.

Imagem principal: Arte criada por Nik Neves para Mobile Time