O serviço de streaming de música Deezer foi lançado oficialmente esta semana no Brasil oferecendo acesso gratuito por seis meses pela web e um mês via aplicativos móveis (iOS, Android, Windows Phone, Symbian e Blackberry). Durante o período de gratuidade, o serviço inclui publicidade na forma de banners no site e em áudio entre as músicas. A assinatura paga, sem propaganda, custará por mês R$ 8,90 para o acesso web e R$ 14,90 para acesso web e mobile. Quem não quiser migrar para o modelo de assinatura continuará podendo ouvir as músicas de graça pelo site, mas com um limite de duas horas por mês. O Deezer conta hoje com 26 milhões de usuários espalhados por 160 países, dos quais 3 milhões são assinantes do serviço pago. Seu acervo é de 20 milhões de músicas.

Na França, seu país de origem, a Deezer tem uma parceria estratégica com a operadora móvel Orange. Dez meses atrás, quando aportou na América Latina, firmou aliança similar com a operadora Tigo, que atua em países como Paraguai, Bolívia e Colômbia. No Brasil, a empresa está "no meio da reta final" de uma negociação com teles locais e não pode dar maiores detalhes, disse o seu diretor para América Latina, Mathieu Le Roux. O interesse da Deezer em entrar no Brasil e as conversas com operadoras locais já haviam sido noticiadas por MOBILE TIME em agosto do ano passado. Sua concorrente Rdio tem um acordo desse tipo com a Oi.

Acervo

A Deezer se preocupa em formar catálogos de artistas locais e por isso monta equipes com foco editorial em todos os países onde atua, para firmar alianças com selos independentes. "Já tínhamos um catálogo grande de música brasileira. A França é o país mais fanático por música brasileira fora do Brasil. Mas é óbvio que não temos tudo. Estamos acrescentando álbuns novos todos os dias", disse Le Roux. Chama a atenção no catálogo a presença de artistas brasileiros novos, como Céu e Marcelo Jeneci, assim como o novo disco de Caetano Veloso, "Abraçaço". O serviço inclui ainda a opção de o usuário armazenar na nuvem mp3s de sua coleção que não façam parte do acervo do Deezer, para poder ouvir em qualquer lugar, e de qualquer dispositivo.

Competição

A respeito da competição com outros serviços de streaming de música, como Oi Rdio, Somm e Biit, Le Roux comenta: "quando ganho um assinante, não estou tirando-o de um concorrente, mas sim da pirataria. No Brasil ainda há muito trabalho a ser feito para divulgar esse novo modo de consumir música. Quanto mais gente ajudando a divulgar, melhor".

 

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