A DingLicom, empresa chinesa de soluções de teste de infraestrutura de redes sem fio que aportou no Brasil ao fim do ano passado, quer convencer as teles brasileiras a adotarem um sistema que mede a qualidade de seus serviços sob o ponto de vista dos usuários. A solução de gerenciamento da experiência do usuário (CEM) da empresa consiste em carregar um pequeno software nos celulares dos assinantes para acompanhar uma série de parâmetros, como índice de queda de chamadas, latência, throughput etc. "A ideia é usar o telefone do cliente para medir a qualidade do serviço. A operadora pode embarcar o agente ou convencer o usuário a instalá-lo. O assinante precisa concordar com isso, obviamente", explica Marcello Sarmanho. O software roda em background, sem atrapalhar o uso do telefone. As informações coletadas ajudam as teles a identificar e localizar problemas em suas redes.

A solução da DingLicom foi batizada de Customer IQ e usa um agente disponível para todos os sistemas operacionais móveis (Android, iOS, Windows Phone, Symbian, BlackBerry etc). Uma das primeiras operadoras a adotá-la no exterior foi a Smart, nas Filipinas, começando com alguns milhares de licenças.

Mochila

A DingLicom é mais conhecida pelas suas soluções de testes de rede voltados para técnicos das operadoras ou prestadores de serviços. São testes realizados dentro de carros, percorrendo a cidade, ou mesmo a pé, para ambientes fechados. Para estes últimos, a companhia trouxe uma novidade para o mercado brasileiro: uma mochila que comporta seis telefones interconectados via Wi-Fi e sincronizados com um iPad, todos programados para realizar um roteiro de testes pré-configurados pela operadora (veja foto acima). "É um equipamento bastante discreto. O técnico pode circular em ambientes indoor sem chamar a atenção", relata Sarmanho.

Nas Américas, a DingLicom já tem entre seus clientes a operadora norte-americana Clearwire e a Claro na Colômbia. No Brasil, suas soluções estão sendo usadas em operadoras com tecnologia de quarta geração no padrão LTE TDD, como Sky e On, por meio de prestadores de serviços que realizam os testes para as teles. A empresa tem oito pessoas trabalhando na América Latina e almeja receita de US$ 13 milhões na região este ano.

 

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