As empresas que oferecem soluções de vídeo-conferência para o mercado corporativo notaram uma transformação nos últimos anos: além das salas imersivas de telepresença, que dão a sensação de o interlocutor estar do outro lado da mesa, os clientes querem também conexão com seus smartphones e tablets. "Não se fala mais em projetos de vídeo sem se comentar sobre mobilidade. Em todas as reuniões que eu vou começamos a conversa com mobilidade", relata Sidnei Czarny, diretor de vendas da Radvision, marca da Avaya para soluções de vídeo-conferência.

A Radvision vende para clientes corporativos todos os equipamentos e softwares necessários para vídeo-conferências, incluindo as centrais multiponto (MCUs), os endpoints etc. A adaptação para mobilidade veio dois anos atrás, com o desenvolvimento de versões para iOS e Android do software de vídeo-conferência da empresa para desktop, o Scopia. "Dá para fazer no celular 90% do que é feito no desktop, inclusive assistir a apresentações em Powerpoint, moderar a reunião, abrir e fechar câmeras etc", diz o executivo.

A companhia não cobra nenhuma tarifa adicional de seus clientes pelo licenciamento da versão móvel. "Se você quer massificar, não pode cobrar por licença de usuário. Cobramos apenas pela infraestrutura que garante a conexão", explica. A Radvision não divulga a quantidade de usuários de sua versão móvel.

A banda larga pela qual trafegam os dados é de responsabilidade do cliente. Czarny lembra que a solução da Radvision consegue comprimir os vídeos de tal maneira que torna possível a realização de vídeo-conferências a velocidades de 256 Kbps, como aquelas disponíveis via satélite, o que fez com que a Marinha do Brasil adotasse o produto em 70 salas, incluindo algumas dentro de navios em alto-mar.

 

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