As recentes críticas pela falta de inovação em seus últimos lançamentos parecem ter incomodado de verdade a Apple. E a resposta veio no anúncio esta semana do iOS 7, nova versão do seu sistema operacional móvel, que foi completamente repaginado. Seu design, que estava datado, velho mesmo, foi finalmente modernizado. A tipografia mudou, assim como os ícones e a interface dos apps embarcados, da calculadora ao Safari, passando pelo calendário, o álbum de fotos e até a bússola. O toque de classe ficou por conta do desprendimento da imagem de fundo em relação à camada de ícones, criando uma sensação de três dimensões dependendo da posição pela qual se olha o telefone.
Mas ainda ficou faltando uma coisa: os widgets (como são chamados no Android) ou live tiles (no Windows Phone). A organização da tela do iPhone continua engessada em ícones quadrados organizados lado a lado. Quem já experimentou a possibilidade de personalização de tela de um Android ou Windows Phone tem a sensação de que o iPhone parou no tempo.
Entre as funcionalidades novas, vieram algumas que há muito eram pedidas e que servem, mais uma vez, para se equiparar ao que o Android já oferece. Uma delas é a atualização automática dos aplicativos instalados, o que o sistema do Google faz há muito tempo. Outra é a inclusão de um "centro de controle", para acesso rápido a determinadas ferramentas do sistema, como botar em "modo avião", desligar o bluetooth ou ligar a lanterna. Básico, mas necessário.
O iOS 7 então é só perfumaria e recuperação do tempo perdido? Não. Há inovações importantes que pouco foram comentadas pela grande imprensa. A maior delas, na minha opinião, é a sugestão de apps na loja levando em conta a localização do usuário. Isso é uma novidade importante diante do problema que se tornou encontrar um aplicativo no meio de quase 1 milhão de títulos. Às vezes, é como procurar uma agulha no palheiro. Não vai demorar muito para outras lojas copiarem a novidade.
Outra inovação bacana está na organização das imagens no app de álbum de fotos. Elas agora são arrumadas em um mural por data e local, dando a dimensão da importância de certos períodos ou cidades em nossas vidas.
Um novo mecanismo de segurança também merece aplausos: se você perder seu iPhone (como foi o meu caso há duas semanas), ninguém conseguirá usá-lo se não tiver sua senha do iCloud, mesmo que o aparelho seja formatado. Os ladrões não vão gostar nada disso…
Mas o melhor do iOS 7 é a sinalização de que a Apple parece ter se animado para voltar ao jogo. Isso traz boas perspectivas para o próximo iPhone. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos… E os rumores na imprensa internacional, que não vão faltar.