Metade dos 72,2 milhões de linhas móveis em serviço da TIM estão em aparelhos capazes de navegar na Internet, sejam smartphones ou webphones (modelos com navegador, mas sem um sistema operacional aberto). A marca foi atingida durante o segundo trimestre deste ano e reflete o esforço da operadora em concentrar seu portfólio de handsets nesse tipo de produto. Um ano antes, apenas 35% da base da TIM possuía terminais com acesso à Internet.
A migração do parque de aparelhos se reflete nos negócios da empresa. Agora, 31,9% dos assinantes da TIM utilizam serviços de dados, ou 23 milhões de linhas em serviço. Um ano atrás eram 27,7%. No segundo trimestre, a receita com serviços de valor adicionado (dados, SMS, conteúdo móvel etc) alcançou a marca de R$ 1,29 bilhão, o que representa um crescimento 25,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa área respondeu por 22% da receita bruta da operadora com serviços móveis entre abril e junho. No segundo trimestre de 2012, a participação fora de 19%.
Análise
Em países desenvolvidos, como Japão e Coreia do Sul, a participação de dados sobre a receita das operadoras ultrapassa 50%. O Brasil ainda está longe de atingir esse patamar. Voz, por aqui, será a receita predominante das teles por muito tempo. Contudo, merece destaque a inovação comercial de operadoras como a TIM na construção de ofertas de Internet móvel acessíveis para a base pré-paga, como o Infinity Web, que cobra R$ 0,50 por dia de uso.
O único problema é que o incentivo à migração para smartphones precisa ser acompanhada de uma melhora na capacidade das redes, de forma a oferecer velocidades e limites de tráfego mais altos mesmo para os clientes pré-pagos. Para tanto, as teles precisam deixar de lado a rivalidade e construir redes em conjunto, para diminuir os custos, o que só começa a acontecer agora com o 4G e em alguns locais de grande concentração de público, como os estádios da Copa do Mundo.