Segundo empresas com projetos na área de m-health, o setor ainda precisa enfrentar muitos desafios para crescer e conseguir melhorar a saúde de forma mais massiva. Hoje, a média de espera em um pronto socorro, do atendimento ao diagnóstico e tratamento, chega a nove horas no Brasil, segundo Katia Galvane, gerente de desenvolvimento de negócios e-health Brasil da Telefônica/Vivo.

Em palestra no Fórum Mobile Apps, em São Paulo, a executiva citou a insuficiência de profissionais da área médica para suprir a demanda do País, o desperdício de exames de imagens perdidos ou descartados pelos pacientes e a falta de informações de prevenção de doenças.

Aqueles com doenças que não têm cura e precisam de acompanhamento constante – os doentes crônicos – são responsáveis por 80% dos custos de saúde de um país, apontou Oren Pinksy, diretor da Qualcomm para a América Latina. No Brasil, são 70 milhões de pessoas que sofrem com essas doenças.

“É necessário criar padrões para m-health, de forma que os equipamentos tenham uma linguagem universal”, opina Pinksy. A Qualcomm Life, braço de tecnologia para saúde móvel da Qualcomm, possui uma plataforma que captura e entrega dados médicos para diferentes sistemas, o que facilita no acompanhamento remoto dos pacientes e na tomada mais rápida de ações dos médicos.

Para a Ericsson, representada no painel pelo diretor de desenvolvimento e insights de mercado, André Gildin, a redução dos custos e o aumento da eficiência operacional do sistema de saúde é um dos principais desafios da área. Ele citou uma parceria da fornecedora sueca com a AT&T nos Estados Unidos, que fornece o monitoramento remoto de pacientes por meio de vídeo.

 

 

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