Limbo é um jogo autoral, assinado pelo dinamarquês Arnt Jensen. Isso quer dizer que se trata de um jogo-arte, cujo objetivo é ser, de certa maneira, um suporte para a expressão artística do seu criador, mais do que um produto. Fiquei sabendo dele pelo documentário "Indie Game", que descreve a cena de produtores de games independentes. São desenvolvedores que tratam seus jogos como obras de arte e levam anos para produzí-los, pois não contam com o apoio de estúdios gigantes com dezenas de programadores, designers e marqueteiros.

Limbo é de fato uma obra de arte. Seu cenário é todo em preto e branco e tons de cinza, meio aquarelados, com uma trilha sonora detalhista, composta de efeitos sonoros que fazem o jogador entrar no clima de suspense do jogo. Trata-se de um adventure game, no qual se controla um garoto que acorda perdido em um estranho mundo de sombras. Dele próprio vemos apenas a silhueta, com os olhos brilhantes. Os comandos são simples: andar, pular, descer, subir, empurrar ou puxar objetos. Não há botões desenhados. Qualquer parte da tela pode ser usada para controlar o personagem. Para avançar no cenário é preciso solucionar alguns quebra-cabeças usando apenas os limitados movimentos do boneco e os objetos à sua volta. Aos poucos vai-se conhecendo mais sobre aquele mundo e seus habitantes – talvez seja o limbo mesmo, o destino de almas que vagam sem rumo. O estlo lembra bastante "Another World", jogo que fez sucesso na década de 90.

Limbo é arte, mas não deixa de ser um produto. Seu download custa US$ 4,99. mas vale a pena pela experiência de conhecer um jogo diferente da grande maioria que há disponível para iOS. Limbo pode ser jogado em iPhone, a partir do 4S, mas recomendo o uso do iPad, para apreciar melhor os cenários.

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