O termo "Internet das coisas" está na moda: máquinas das mais variadas estão se comunicando pela rede celular. Hoje, quem define essa interação são engenheiros de telecomunicações e programadores. Mas uma equipe de cientistas do laboratório de mídia do MIT, nos EUA, quer tornar essa tarefa fácil o suficiente para que qualquer pessoa, mesmo aquela sem conhecimento em informática, crie uma rede entre máquinas em sua casa, por exemplo. O projeto foi batizado como "Objetos mais inteligentes", ou "smarter projects", e mescla as plataformas de realidade aumentada (Vuforia) e de comunicação entre máquinas (AllJoyn) da Qualcomm. Uma demonstração foi realizada nesta quarta-feira, 9, durante a Uplinq, conferência para desenvolvedores da Qualcomm, em San Diego.
Para isso, foi desenvolvida uma interface acessível por um aplicativo móvel em um tablet, através da qual, com a câmera do aparelho, são reconhecidas as máquinas habilitadas a participar da rede. Na demonstração foram usadas duas luminárias de mesa e um rádio-relógio. Todos tinham embutido um modem Wi-Fi e um chip para a comunicação através do sistema AllJoyn. Pelo tablet, o usuário consegue alterar configurações de cada aparelho quando este é visiualizado pela câmera, como mudar a intensidade ou a cor da luz da luminária ou trocar de música e aumentar o volume do rádio. O mais bacana, porém, é estabelecer relações entre os aparelhos. Traçando com o dedo uma linha entre as duas luminárias na tela do tablet, pode-se determinar que, ao desligar uma, a outra também é desligada. Pode-se também interligar as luminárias com o rádio e fazer com que todos sejam desligados simultaneamente ao se apagar uma das luzes, por exemplo. A interface é simples e amigável e as possibilidades são infinitas. O projeto ainda está em laboratório, sem previsão de lançamento comercial.