O brasileiro perdeu o medo de comprar celulares de gama alta pela Internet. É o que pode ser constatado do sucesso da Superfones, empresa que administra uma loja online homônima especializada em celulares e fornece sua plataforma para lojas virtuais de terceiros, como a da Claro, da Porto Seguro Conecta e de grandes corporações para o atendimento a seus funcionários, como Coca-cola e Ypiranga. Os modelos mais vendidos pela companhia são os smartphones high-end, informa Jorge Monteiro, CEO da Superfones. O executivo estima que seu faturamento anual alcançará R$ 100 milhões este ano e saltará para R$ 140 milhões em 2014.
A Superfones está se especializando em dar suporte para vendas de celulares e chips para terceiros. Neste ano, 75% da receita da companhia será proveniente de lojas white label. Em 2014, essa participação subirá para 85%, prevê o executivo. A Superfones também cuida da loja da Oi ligada ao seu programa de pontos e fornece a plataforma web para faturamento de televendas da TIM e da Vivo. Em breve, entrará no ar a loja virtual de um fabricante estrangeiro que usará a plataforma da Superfones.
A empresa pode cuidar de tudo, desde a venda online e faturamento do produto, até o trabalho de back office, o armazenamento e a entrega dos celulares. A solução fim a fim da companhia foi adotada pela Claro com o lançamento de sua nova loja na Internet, na semana passada. A operadora define o portfólio de produtos, mas quem gerencia as vendas e as entregas é a Superfones. No caso da loja da Porto Seguro Conecta, foi feita uma integração entre os sistemas de venda e ativação de linhas com a plataforma da Superfones, o que acelera ainda mais o processo. A única intervenção humana é no momento de empacotar o produto e entregá-lo. "O cliente em São Paulo recebe a linha ativada em 24 horas, via courier", afirma Monteiro. A empresa mantém um centro de distribuição em Barueri e realiza 80% das suas entregas via courier, o que dá mais agilidade. Todas as entregas são seguradas.
Para grandes corporações, como Coca-Cola e Ypiranga, a Superfones cria um ambiente customizado e fechado para cada cliente corporativo. Cada empresa define quais modelos podem ser vendidos a seus funcionários e por que preço. Isso é feito por companhias que subsidiam telefones celulares a seus executivos. Hoje são cerca de 30 lojas corporativas e o número cresce rapidamente, com duas novas por semana, em média, informa Monteiro.