As estratégias para ter um comércio móvel de sucesso variam, mas os investimentos em tecnologia, marketing e em uma solução que facilite a vida dos consumidores são pontos em comum em empresas que têm sucesso atualmente no setor.
“O papel do mobile é ser um facilitador. Não adianta querer inventar moda. Fizemos uma ação de venda em 2007 de uma camisa da seleção brasileira de futebol por QR code e não vendeu nada, porque ninguém na época sabia o que era QR code. Então é necessário saber o ritmo do consumidor”, disse Marcel Albuquerque, gerente de projetos mobile da Netshoes, durante o Fórum Mobile+, nesta terça-feira, 24, em São Paulo. A empresa investiu em um site móvel em 2011 e, em seguida, em aplicativos. A adição da simples tecnologia de compra por um clique conseguiu aumentar o ticket médio de compra dos usuários, que hoje é 10% maior em dispositivos móveis do que em desktops.
Tecnologia e marketing são pontos essenciais para investimentos, mas definir qual dos dois é prioridade ainda é uma questão nebulosa. “A tecnologia é uma condição necessária para ter resultados, mas ela é só um meio. Não significa que você deve investir menos nela”, disse Andrea Scarano, diretor de marketing do e-commerce de moda Privalia. “O marketing, de certa forma, está perdendo a relevância, porque a tecnologia está se disseminando sozinha. Nunca vi uma propaganda do Instagram, mas o boca a boca e o fato de ser um produto bom fez com que crescesse sozinho”, argumentou Fernando Okumura, sócio-fundador e CEO do Kekanto, aplicativo de busca e recomendações de estabelecimentos comerciais e serviços.
“Mobile não é o futuro, é o presente. E a porcentagem de vendas diretas de m-commerce é só a ponta do iceberg. O mobile ajuda a incrementar valor para outros canais”, defendeu Scarano, que aposta em ofertas atrativas e estoques limitados de peças de roupas de marcas conhecidas dentro do Privalia. Hoje, o site tem 25% das vendas feitas por dispositivos móveis.