As listas oficiais dos aplicativos nacionais escolhidos pelos fabricantes para serem disponibilizados nos smartphones desonerados pela Lei do Bem ainda não foram divulgadas, mas pelo menos um desenvolvedor já pode comemorar publicamente: o Easy Taxi. O aplicativo brasileiro de chamada de táxi foi escolhido por cinco fabricantes diferentes nessa primeira etapa que exige a oferta de pelo menos cinco títulos nacionais a partir de 10 de outubro. Por enquanto, apenas o nome de um dos fabricantes foi revelado: a Nokia.

"Para a gente a portaria foi excelente. Vamos conseguir atingir mais consumidores em um tempo menor e com menos gasto em marketing", comenta o CEO da Easy Taxi, Tallis Gomes. A relação estabelecida com os fabricantes foi de ganha-ganha, ou seja, nenhum dos dois lados precisou pagar ao outro pela inclusão do aplicativo. A expectativa é de que esse seja o formato predominante na maioria dos casos. É o que deseja também o Ministério das Comunicações, de acordo com uma fonte do órgão: "Não gostaríamos que a exigência dos apps nacionais gerasse um balcão de negócios".

O Brasil não é o único país em que o Easy Taxi conseguiu embarcar seu app em smartphones. As operadoras da Tigo, presentes em outros países da América Latina, exigem a inclusão do app em seus aparelhos porque têm um investidor internacional em comum com a Easy Taxi.

O app está disponível para Android, iOS e Windows Phone, este último lançado recentemente. "O Windows Phone me surpreendeu. Registramos 22 mil downloads em um único dia", disse Gomes.

Números

A Easy Taxi está presente em 67 cidades de 14 países, com 60 mil taxistas cadastrados. O app se aproxima rapidamente de 2 milhões de downloads, o que deve acontecer antes do final do ano. O Brasil é o principal mercado, pois foi onde o serviço nasceu. Agora, seu CEO está rodando o mundo para reforçar as demais operações. O mês de outubro, por exemplo, passará todo no México.

Segundo Gomes, o segundo melhor mercado para a Easy atualmente é a Colômbia, onde o transporte público é pouco eficiente e há uma grande oferta de táxis. "A população colombiana tem o hábito de pegar táxis porque é barato", comenta o executivo. A Easy Taxi evita a entrada em países europeus e nos EUA, onde a competição seria mais dura. "Lá a liderança custa caro. Teria que queimar muito caixa para ser líder", explica.

 

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