A Positivo lançará dentro de 20 dias o "Positivo Mini", seu tablet com tela de 7,85 polegadas. O produto fará companhia ao tablet de 10 polegadas da empresa, complementando seu portfólio, que também inclui modelos para crianças e para escolas e universidades. O Positivo Mini é quadcore e virá com o selo "With Google", certificação concedida pela empresa norte-americana aos produtos que atendem aos seus requisitos de bom funcionamento do Android e de seus aplicativos. O preço ainda não foi definido. Sobre a decisão de lançar um modelo de sete polegadas e sobre qual tamanho de tela deveriam priorizar, o vice-presidente de marketing e produtos da Positivo, Maurício Roorda, comenta: "Discutimos muito sobre isso e chegamos à conclusão que não se pode escolher entre um ou outro. Tem que ter todos os tamanhos".

MOBILE TIME visitou na segunda-feira, 28, a fábrica da Positivo em Curitiba e acompanhou a fabricação do Positivo Mini. Por ser mais simples, o tablet requer a metade de funcionários necessários em uma linha de produção de notebooks. As placas são produzidas pela própria Positivo, em uma unidade ao lado, chamada de "Fábrica de Placas". Os componentes, em sua maioria, são importados. Uma vez montado, o tablet recebe a gravação dos programas que vêm embarcados e passa em seguida por uma bateria de testes de software, incluindo testes de estresse, que duram cerca de 1 hora e meia. Depois disso, são embalados. De todo lote é coletada uma pequena amostra que passa por uma análise criteriosa da equipe de qualidade: se for encontrado algum problema, o lote inteiro é revisto.

A fábrica funciona em três turnos, mas o terceiro, da noite, não está totalmente ocupado. Há, portanto, espaço para crescer. Ao longo dos últimos anos houve uma transformação dentro da fábrica: diminui-se a produção de desktops e aumentou-se a de notebooks. A próxima onda deve ser a dos tablets. As linhas de produção de notebooks e tablets são seriadas, ou seja, há uma esteira que conduz o produto e cada funcionário se dedica a acoplar um componente específico, sem ter o conhecimento do todo. Nos desktops é diferente: são adotadas linhas "celulares". Cada funcionário recebe todos os componentes e monta o produto inteiro. Um dado interessante: cerca de 75% dos empregados são mulheres, por se tratar de um trabalho manual delicado e que requer muita atenção.

A Positivo fabrica 380 mil unidades por mês, entre desktops, notebooks e tablets.

Laboratório de testes

A Positivo possui também uma laboratório de testes. Todo novo produto passa por uma bateria de avaliações antes de entrar na linha de produção. É verificada, por exemplo, a resistência a quedas: o aparelho é derrubado de uma altura de 76 cm, em diferentes posições, e precisa continuar funcionando. Essa é a altura média de uma mesa. O produto também é derrubado entre 200 e 300 vezes de uma altura de 30 cm, para simular as inúmeras pequenas quedas que terá ao longo de sua vida útil. Há ainda uma câmara climática, que avalia a resistência ao frio, ao calor e à umidade; e uma câmara de poeira, para garantir que a tela está hermeticamente fechada. Isso sem falar em testes elétricos, testes de software e testes mecânicos. Entre estes últimos, há desde uma máquina para abrir e fechar milhares de vezes um laptop, até uma que conecta e desconecta, também milhares de vezes, cabos variados, como um fone de ouvido ou um cabo USB.

 

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