"E aí?": o cumprimento típico dos brasileiros dá nome a um aplicativo móvel gratuito cujo objetivo é indicar novas amizades com base na localização e nos interesses registrados pelos usuários no Facebook. Lançado em outubro para iPhone e com promessa de ganhar uma versão para Android até o final do ano, o Eaí tem como meta alcançar 1 milhão de downloads após 12 meses de operação.
O app funciona como um matchmaker instantâneo. São exibidas, uma a uma, perfis de pessoas que possam interessar ao usuário. O app mostra as fotos do perfil da pessoa no Facebook e informa abaixo de cada foto a quantidade de interesses em comum (páginas que os dois curtiram na rede social) e o número de amigos em comum. Com apenas um clique, ou simplesmente arrastando a foto para o lado, o usuário indica se gostou ou não daquela pessoa. E imediatamente é apresentado a uma nova candidata. Se alguém marcado como interessante tiver feito o mesmo com o usuário, ambos recebem uma notificação e podem iniciar um bate-papo privado dentro do app. Nas configurações é possível definir filtros para melhorar as sugestões do app: se a procura é por homens ou mulheres, a faixa etária e a distância (o limite são 100 Km). O usuário escolhe se deseja receber sugestões de pessoas que são suas amigas diretamente no Facebook ou não. Cabe esclarecer que o Eaí não publica nada no perfil de seus usuários na rede social.
"Não queremos ditar uma maneira específica de como se usar o Eaí. Não é simplesmente um app de paquera ou namoro. É uma plataforma para conhecer pessoas novas", explica Trevor Walsh, um dos idealizadores do projeto. "O Facebook é ótimo para se conectar com pessoas que você já conhece, mas não para conhecer gente nova. A ideia do Eaí é dar um passo além na sua rede existente", complementa.
O foco no momento é construir uma base de usuários, hoje concentrados no Rio de Janeiro, em São Paulo e Florianópolis, onde fica o grupo Xangô, incubadora de empresas de tecnologia que investiu no Eaí. Para conquistar usuários, está sendo feita uma campanha online e offline, que inclui apoio a festas e baladas, contratação de promotores dentro das universidades, publicidade móvel e um curta-metragem no YouTube.
Há também uma preocupação de se aprimorar a experiência do usuário, um dos pilares do projeto. A escolha por começar pelo iOS tem essa motivação. "Queríamos testar o produto com uma base menor, para ter certeza de que funciona bem e ter feedback dos usuários", explica Walsh.
A monetização virá em uma etapa futura. Entre as possibilidades estão a venda de espaço publicitário, a busca por patrocinadores e a criação de promoções em parceria com bares e boates. Outra alternativa é desenvolver uma versão premium, com mais funcionalidades, que seria paga.