A Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) serão as duas primeiras instituições de ensino superior brasileiras a transferirem as carteiras dos estudantes para dentro de seus smartphones, por meio de cartões microSD com tecnologia NFC. A iniciativa é bancada pelo Santander, como parte do projeto internacional Santander Universidades, e utiliza tecnologia da Gemalto, que fornece o cartão microSD, batizado de Optelio. Universidades da Espanha, do México e do Chile também implementarão a novidade.
Hoje, 7,1 milhões de estudantes e funcionários de 274 universidades em 12 países utilizam smart cards com NFC fornecidos pelo Santander como carteiras de identidade em suas instituições de ensino. Os cartões controlam o acesso a prédios das universidades, servem para empréstimo de livros nas bibliotecas, aluguel de bicicletas compartilhadas dentro dos campi, assinatura eletrônica de documentos da administração universitária e até mesmo moedeira eletrônica para pagamento de refeições em bandejões. A ideia é transferir todas essas aplicações para dentro do smartphone, por meio de apps. "A experiência do cliente universitário é muito mais rica com um smartphone", explica Vicente Prior, diretor de produtos e canais do Santander Universidades. Ele estima que aproximadamente 70% dos universitários no Brasil tenham smartphones. A transição para o microSD será gradual. Por enquanto foram compradas poucas unidades. "O custo associado ao microSD ainda é muito maior que o de um smart card. Mas conforme aumentam os volumes das nossas encomendas, o preço deve cair por causa da escala. O importante é manter as parcerias que temos com as universidades. Sabemos que o futuro está no smartphone e por isso nos antecipamos ao mercado. Queremos preservar o posicionamento único que temos com os universitários", justifica Prior. O cartão Optelio está sendo fabricado pela Gemalto na França.
A adoção do cartão microSD com NFC servirá também de laboratório para o Santander testar a tecnologia de pagamento sem contato no celular, que deve ser embarcada em apps do banco no futuro no Brasil "O segmento de estudantes é sempre o primeiro no qual testamos novas tecnologias. Foi em uma universidade que fizemos a primeira transação com EMV em 2002", lembra o executivo.