Um projeto de cidade digital deveria começar por um planejamento de longo prazo a partir das necessidades das pessoas daquele município, não pela tecnologia em si. Esta foi a mensagem transmitida pelo professor phD em cidades digitais pela Escola de Serviços Públicos da DePaul University Denis Rezende, em sua palestra durante o evento Rio Wireless, realizado nesta segunda-feira, 12, no Rio de Janeiro. "Lamentavelmente, muitos projetos no Brasil começam pela tecnologia e não melhoram a qualidade de vida dos cidadãos", criticou. No entender de Rezende, a conectividade é o aspecto menos importante em um projeto de cidade digital.

O professor propõe o conceito de "cidade digital estratégica", que consiste em um projeto de longo prazo que leve em conta as necessidades dos cidadãos e não objetivos eleitoreiros. Um dos grandes problemas de qualquer projeto que envolve informações municipais é que de quatro em quatro anos tudo pode mudar, a cada novo prefeito. "Em Curitiba, por exemplo, há mais de 500 serviços de cidade digital, mas não há um planejamento estratégico. Quatro ou cinco órgãos brigam entre si", criticou. Por outro lado, em Chicago, há 281 serviços e um projeto de tecnologia com 20 anos de existência que independe do partido que vença as eleições.

 

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