Em meio ao medo do aumento da inflação e ao baixo crescimento do PIB, um segmento vem aumentando sua receita em dois dígitos há vários trimestres: o de identificação automática e coleta de dados (AIDC, na sigla em inglês). "As empresas estão procurando melhorar sua eficiência, para compensar a situação da economia. Por isso estamos crescendo mais agora do que em 2010, quando mercado estava melhor para todo mundo", comenta Alexandre Conde, presidente da ScanSource no Brasil, uma das maiores distribuidoras de equipamentos para essa finalidade, e que vem adicionando cada vez mais produtos e soluções móveis em seu portfólio. Os antigos coletores estão se tornando smartphones robustos, capazes de lerem diversos códigos de barra e se comunicarem via Wi-Fi para a transmissão de dados.
Segundo Conde, esse tipo de equipamento, antes restrito a grandes empresas brasileiras, agora é buscado por aquelas de porte médio também. "Vemos projetos de 20 a 50 equipamentos, o que não era muito comum. O preço hoje é muito mais barato do que era dez anos atrás", comenta. Diversas verticais necessitam de soluções de coleta de dados, como os setores de logística, varejo, indústria e utilities. A ScanSource distribui equipamentos de grandes fabricantes mundiais da área, como Motorola, Honeywell e Zebra.
Automação comercial
Apesar de mais maduro, o segmento de automação comercial também oferece oportunidades no Brasil para distribuidores especializados como a ScanSource, especialmente quando se trata de implementar redes sem fio dentro de lojas e adotar equipamentos móveis. Conde cita especificamente a adoção de tablets nos caixas de lojas e nas mãos dos vendedores, para agilizar as vendas. "Estamos notando uma demanda por soluções que envolvam tablets intermediários, que não sejam nem super-robustos, nem de uso doméstico", comenta. A empresa também distribui tablets robustos e de missão crítica para a indústria de petróleo e gás e forças de segurança, com modelos da Motorola e da Panasonic.