A popularização da tática de sequestro virtual de aparelhos móveis, prática promovida por uma ameaça chamada de ransomware, tornou mais comuns os ataques a esses dispositivos na América Latina no segundo trimestre, segundo relatório da empresa de segurança Eset divulgado nesta quarta-feira, 16. A pesquisa não divulga números, citando apenas que houve aumento nas ocorrências, mas cita os casos de destaque no período.
A companhia explica que esses malwares pedem resgate em troca de informação roubada ou criptografada nos equipamentos. Entre os principais casos, estão o Simplocker, um ransomware para Android que escaneia o cartão SD do aparelho e criptografa as informações, exigindo o pagamento para devolvê-las ao dono.
Outro exemplo citado pela Eset é um ataque chamado "vírus da polícia", que redireciona o usuário do Android a um site pornográfico para baixar um arquivo APK (extensão usada para aplicativos no sistema do Google). Naturalmente, esse executável é uma armadilha: ele bloqueia o smartphone e mostra uma mensagem falsa em nome da polícia local dizendo que isso teria ocorrido por acesso a conteúdo de pornografia infantil. Para desbloquear o dispositivo, os criminosos exigem pagamento de US$ 100 a US$ 300.
O relatório da Eset cita ainda um caso recente em que diversos usuários da Apple na Austrália foram vítimas de um golpe que usou a função Find My iPhone para bloquear o aparelho remotamente e, em seguida, pedir o resgate. Vale ressaltar, entretanto, que essa ocorrência foi específica e não envolvia uma brecha de segurança no aparelho, mas a exploração de senhas fracas do iCloud na Internet.