Poucas coisas na vida assustam mais do que o novo. Seja na vida pessoal ou na profissional, arriscar em algo diferente do que estamos habituados pode se tornar o motivo de várias noites em claro. Isso porque crescemos procurando por situações seguras, que nos deixam o mais confortável possível. Esse comportamento faz parte do nosso instinto de autoproteção, que muitas vezes pode ser um obstáculo para o crescimento. É nesse cenário que as organizações se encontram quando decidem trazer uma novidade para o ambiente de trabalho.

No geral, as mudanças são comuns e fazem parte do ambiente corporativo: não é difícil ver alterações em cargos, setores e até em algumas diretrizes na empresa. No entanto, as que chamam mais a atenção são aquelas que influem diretamente nas atividades do dia a dia. A adoção de novos recursos tecnológicos é um bom exemplo. Todo mundo já teve que se adaptar a uma nova ferramenta, seja como meio de aperfeiçoar o trabalho, ou porque está se adaptando a um novo cargo que exige seu uso. No primeiro caso, é comum haver certa resistência por parte dos profissionais, que nem sempre acreditam no potencial transformador da solução recém-implantada.

Nessas situações, a organização deve se mostrar o mais transparente possível com os profissionais que farão uso dessas tecnologias. Eles precisam compreender a sua funcionalidade, qual o propósito da sua adoção e principalmente saber que a solução só obterá bons resultados com a cooperação de todos.

Entretanto, observo que em alguns casos, mesmo com toda orientação da empresa, ainda há certo receio por parte de alguns colaboradores. Nesses casos, recomendo que a organização observe quem são os early adopters, isto é, aqueles que aderem às tecnologias antes de todos, que são curiosos e encaram o desafio de adicionar um novo recurso logo de cara. Além de mostrar para os outros profissionais que é possível obter um retorno positivo a partir da utilização desses recursos, eles podem ser peça chave para a empresa mensurar quais são os pontos fortes e fracos das tecnologias, e como podem aprimorá-las para melhor atenderem às necessidades corporativas.

Em todas as empresas é possível identificar ao menos um early adopter. É comum que com o passar dos anos e a correria gerada pela rotina profissional algumas pessoas percam a vontade de descobrir “novos horizontes” e não busquem mais por outros pontos de vista além dos habituais. Os early adopters servem então como um impulso, uma fonte para trazer novas perspectivas para o ambiente de trabalho. Esse comportamento pode ser assumido até mesmo pelas empresas. O mercado tende a absorver melhor quem está à frente e inovando nas suas atividades.

Então, fazendo uma autoanálise, você está sendo um early adopter, ou está com receio de inovar? Como você está lidando com as novidades do mercado? Quando foi que a sua empresa adotou uma nova ferramenta, com o intuito de otimizar processos? No final do ano passado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou a Pesquisa de Inovação Tecnológica, que aponta que os investimentos feitos pelas empresas em inovação atingiram, em 2011, R$ 64,9 bilhões, equivalente a 2,56% da receita líquida de vendas. Se há três anos os dados já estavam tão positivos, imagine agora, que o mercado mobile está trazendo tantas opções de ferramentas e recursos para quem quer se destacar.

Acredito que sempre vai haver algum tipo de receio por parte das pessoas em inserir novidades no cotidiano, ainda mais quando elas envolvem aprendizado de manuseio, como acontecem com as ferramentas mobile. Entretanto, a tecnologia tende a levar a melhor. Isso porque não há mais como fugir da mobilidade: ela já é uma realidade para todas as grandes organizações. Para alcançar novos propósitos e objetivos, a sua empresa deve refletir sobre a adoção desses recursos. Pense nisso e não tenha medo. Os bons resultados virão antes do que você acredita.

 

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