O Foursquare passou por uma transformação corajosa há poucas semanas, com a sua última atualização para Android e iOS. O aplicativo retirou a principal funcionalidade que o fez famoso: os check-ins e suas condecorações (badges). O jogo mudou. Os check-ins foram transferidos para outro app, o Swarm, sobre o qual já falamos aqui. No Foursquare, a brincadeira agora é colecionar dicas sobre lugares. Quanto mais dicas você deixa sobre um determinado tipo de estabelecimento (pizzaria, restaurante japonês, museus etc), mais pontos você ganha nesse segmento. Tornou-se possível também seguir pessoas para acompanhar as dicas que elas deixam. E, claro, ser seguido. Para incentivar a participação, além da pontuação, o app passou a informar quantas pessoas viram suas dicas a cada semana.

Mas o Foursquare não é apenas para quem quer gerar conteúdo, ou dicas. Na verdade, o pessoal mais participativo representa uma pequena parcela da base, mas que sustenta o resto, que é a grande maioria, composta por pessoas que procuram um lugar bacana para almoçar, jantar ou se divertir. O Foursquare já era usado para essa finalidade, ou seja, como um recomendador de lugares, mas com essa atualização ficou muito melhor. Assim que o app é aberto pela primeira vez, o usuário é convidado a informar quais são as coisas que mais gosta: pode ser um prato, um tipo de bebida, um tipo de lugar… Eu, por exemplo, marquei, entre outras coisas: camarão, cerveja de trigo e comida mexicana. A partir daí, passo a acompanhar todas as dicas que deixam perto de mim com essas palavras-chave. Além disso, o app também apresenta recomendações nas redondezas de acordo com o que você quer fazer: café da manhã, almoço, café, jantar, sobremesa, vida noturna, compras, diversão e atrações. As sugestões levam em conta o perfil de cada usuário. Ou seja, o Foursquare se tornou um app de recomendações personalizadas e georreferenciadas. Quanto mais você usa, melhores ficam as dicas dele.

Esse é talvez o caso mais interessante de reinvenção de um aplicativo com milhões de usuários na história do mercado de conteúdo móvel. Ainda é cedo para saber se vai dar certo, ou seja, se o Foursquare continuará crescendo sua base de usuários e gerando receita. Mas eu apostaria que sim.

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