Os internautas brasileiros que possuem conta bancária mas não têm o costume de acessá-la através do celular apontam a preocupação com segurança como a principal razão para evitarem o mobile banking. É o que revela pesquisa realizada por Opinion Box, a pedido de MOBILE TIME, com 1.017 internautas brasileiros que possuem conta bancária, respeitando as proporções da população brasileira por faixa etária, renda, gênero e região do País.

Segundo o levantamento, 43% dos internautas brasileiros com conta bancária utilizam mobile banking. Entre os 57% que não acessam serviços bancários pelo celular, 47,3% disseram que não consideram o canal seguro; 18,2% preferem usar os caixas eletrônicos; 12,6% preferem realizar suas transações presencialmente nas agências; e 21,9% atribuíram a outras razões a não utilização de mobile banking.

Há também uma diferença de gênero: o uso de mobile banking é mais popular no público masculino. Metade dos internautas homens que possuem conta bancária usam mobile banking. Entre as mulheres internautas, o uso do serviço é feito por apenas 36% delas.

Percepção de segurança

A mesma pesquisa, por outro lado, revela que quem costuma usar mobile banking tem uma percepção positiva da segurança do canal. Convidados a dar uma nota de um a dez para a sensação de segurança que têm ao acessar seu banco pelo celular, onde um é muito inseguro e dez, muito seguro, 86% deram notas entre seis e dez, ou seja, consideram o canal seguro. As proporções foram as seguintes: 26,7% deram dez; 17,3%, nove; 20,9%, oito; 15,3%, sete; e 5,8%, seis.  Apenas 14% deram notas de um a cinco, nas seguintes proporções: 1,7% marcaram um; 0,6%, dois; 0,3%, três; 3,9%, quatro; e 7,5%, cinco.

Análise

A pesquisa demonstra que a preocupação com segurança é maior entre os que não costumam usar mobile banking, praticamente desaparecendo depois que o correntista passa a adotar o canal. É um medo comum na adoção de novas tecnologias, especialmente quando envolvem o gerenciamento do dinheiro do consumidor. A mesma desconfiança existiu por muitos anos no comércio eletrônico. Cabe aos bancos educar o mercado, destacando não apenas a conveniência do mobile banking, mas a sua segurança, na tentativa de convencer o público que ainda resiste em adotar o serviço.

Esta é a segunda matéria com base nos resultados da pesquisa. Na semana passada, MOBILE TIME publicou a primeira matéria desta série, na qual demonstrou que quem experimenta mobile banking prefere este canal ao Internet banking.

 

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