O mercado latino-americano de conteúdo móvel deve mudar a sua dinâmica em 2015, prevê o MEF, associação que reúne empresas de conteúdo e comércio móvel do mundo inteiro. A entidade acredita que neste ano novo as teles da América Latina vão estabelecer parcerias estratégicas em certos nichos e verticais para a construção de novas fontes de receita nas áreas de mobile money, mobile advertising e conteúdo móvel. Isso acontecerá paralelamente a um processo de consolidação das teles na região e de aumento da penetração de smartphones. No Chile e na Colômbia, por exemplo, a base de smartphones deve ultrapassar a de feature phones em 2015.
Esta é uma das dez tendências para o mercado mundial de mobilidade apresentadas pelo MEF em um relatório publicado nesta quarta-feira, 7. As outras nove são as seguintes:
1) Uso de wearable devices será puxado por aplicações de nicho, como saúde e segurança
2) NFC vai finalmente decolar, empurrado por aplicações em transporte público e mudanças regulatórias nos EUA – notoriamente a adoção de cartões de crédito chipados
3) Carrier billing vai continuar crescendo fora dos EUA, com destaque para a América Latina, onde há descompasso entre penetração de smartphones e bancarização da população
4) "Mobile 3.0" segue se fortalecendo. O termo foi cunhado pelo board do MEF para descrever a tendência de os consumidores usarem cada vez menos apps por mais tempo e preferirem serviços de assinatura de streaming em vez de downloads avulsos
5) Novos modelos de negócios vão enfraquecer a tese da neutralidade de rede. A entidade cita exemplos de serviços OTT com tarifa zero de dados
6) Serviços móveis vão contribuir para a inclusão social e o desenvolvimento econômico em países emergentes como Nigéria e Índia
7) Conquistar a confiança dos consumidores será um diferencial para desenvolvedores e operadoras
8) A Europa vai liderar na área de segurança e privacidade móveis, impulsionada por nova regulação regional sobre o tema. O celular se fortalecerá como fator de autenticação
9) A indústria automotiva será o mais novo setor a conectar seus produtos às redes celulares. Surgirão novos acordos para prover conexão 4G dentro de automóveis e serão fechadas parcerias com serviços de navegação e conteúdo móveis