Todo começo de ano muito se fala sobre tendências nos mais diversos setores, mas o que podemos esperar do segmento mobile, que vive em constante transformação? As tendências devem levar em consideração não somente as tecnologias disponíveis e inovações, mas também o comportamento do consumidor neste meio. Hoje, o Brasil possui a quinta maior base de smartphones do mundo, ou seja, cerca de 90 milhões de aparelhos, número maior que a população de países como França, Alemanha e Espanha.  E mesmo com uma oportunidade gigantesca das marcas e empresas conquistarem e estarem cada vez mais próximos dos seus clientes por meio dos smartphones, ainda vejo um processo de amadurecimento de grandes companhias em busca da eficiência mobile.

Atualmente, acredito que o consumo está em ruptura: mudanças no comportamento dos consumidores, novos canais de venda e até mesmo novos tipos de comercialização deixam evidente o fato de que as habilidades necessárias para tocar uma empresa no passado são diferentes das exigidas hoje. A capacidade para mudar e se reinventar passa a ser a chave para um negócio de sucesso.  

Acredito que este ano veremos alguns movimentos significativos para negócios mobile, como:

Dispositivos vestíveis – Wearables

Apesar deste assunto ter sido muito comentado em 2014, tudo que vimos não foi nada de extraordinário. Apenas relógios recebendo pushes, monitorando atividades físicas e realizando outras funções básicas do smartphone. Em 2015 presenciaremos aplicações de real interação com diferentes devices móveis pessoas e ambientes. Vamos passar da era “geek”, para era da “facilidade”, onde eletrodomésticos, carros e quase tudo atenderá ao simples toque de nossos dedos, proporcionando facilidades para o dia a dia.

Senha e segurança

Com o volume de acessos e transações via dispositivos móveis, um ponto que o mercado e as empresas devem olhar é a questão da segurança e senha nos aplicativos. Com a introdução da biometria, não precisaremos mais nos esforçar para lembrar senhas e logins e passaremos a ser identificados por meio do touch, ou seja, com nossas impressões digitais tudo será muito mais fácil e seguro. A estimativa é que, até 2019, 770 milhões de aplicativos de autenticação biométrica sejam baixados.

B2E – Business to enterprise

Outra nova onda que deve surgir com mais força em 2015 são os projetos móveis corporativos, com as empresas buscando soluções personalizadas de mobilidade que atendam suas necessidades específicas, seja para melhorar processos, automação comercial e/ou potencializar resultados. Tem crescido o número de empresas que fazem uso de tablets, o que torna possível o acesso às informações em tempo real para tomada de decisões, além do uso de push notifications para facilitar a comunicação entre a empresa e seus colaboradores.

Beacon + Dados + inteligência = resultados

No segundo semestre de 2014, vimos alguns experimentos com o uso de beacons (microlocalização) em conjunto com aplicativos. Aqui no Brasil, houve algumas iniciativas e provavelmente veremos mais em 2015, pois o potencial de marketing com essas ferramentas é enorme. O beacon atrelado a uma estratégia de comunicação bem desenhada deve romper a barreira entre o físico e o digital, criando a possibilidade de cruzar informações e dados do uso dos aplicativos. Neste caso, estamos falando de um consumidor que buscou algum produto no app e não comprou, mas ao entrar na loja pode receber uma oferta especial para adquirir aquele produto que estava procurando. As possibilidades são infinitas, desde ações segmentadas, passando por conhecimento de tráfego e permanência dos clientes nas lojas.

Pagamentos móveis

Os pagamentos móveis, apesar de novos no mercado, devem ganhar uma força significativa no mundo do varejo este ano, principalmente por conta da tecnologia NFC. No ano passado, a Apple ajudou o mundo de pagamentos a dar um passo gigante quando anunciou a Apple Pay e ganhou o consenso entre as três maiores empresas de pagamento – Visa, Mastercard e American Express. No Brasil, o mercado ainda está se preparando para começar a experimentar essa novidade.

Por fim, até o final de 2015 as pessoas ainda estarão fazendo anotações e escrevendo em cadernos físicos, lendo os livros de papel e pagando com dinheiro. O mundo digital existe como uma sobreposição essencial para o mundo físico, mas não um substituto imediato. Marcas que misturam experiências em todos estes segmentos serão as que vencerão ao longo de 2015 e dos próximos anos. Se você ainda não pensou muito sobre a sua estratégia móvel, agora é a hora de começar. Nunca é tarde demais, mas fica cada vez mais difícil entrar no jogo, com as tecnologias evoluindo na velocidade da luz.

 

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