Pagamentos móveis e comunicação entre máquinas (M2M) são as áreas de maior interesse para os executivos de operadoras celulares no Brasil em 2015. É o que aponta uma pesquisa encomendada pelo Gugst (Grupo de Usuários de Gestão de ServiçosO e realizada em fevereiro pela Quanti com 37 executivos de operadoras brasileiras, principalmente da área de serviços de valor adicionado (SVA).

Os entrevistados foram convidados a dar notas de 1 a 10 para indicar a relevância em sua estratégia este ano para cada um dentre seis grandes temas: Internet das coisas (IoT), Pagamentos móveis, M2M, Mobile marketing, big data e mobile TV. A escala era interpretada da seguinte forma: 1 e 2 (insignificante); 3 e 4 (baixa relevância); 5 e 6 (mediana); 7 e 8 (alta); 9 e 10 (essencial). 41% dos entrevistados consideram pagamentos móveis um tema essencial este ano. Em segundo lugar veio M2M, apontado como essencial por 38% dos entrevistados, seguido por big data (22%) e IoT (19%).

Também foram entrevistados 45 executivos do setor de telecom, mas não de operadoras. Neste grupo, a ordem de prioridade dos temas é diferente. As proporções que consideraram os assuntos essenciais foram as seguintes: IoT (42%); pagamentos móveis (18%); M2M (11%); big data (7%). Somando os dois grupos, as notas médias para cada um dos temas foram as seguintes: IoT (8,2), M-payment (7,9), M2M (7,7), big data (7,6), mobile marketing (7,4) e mobile TV (6,2).

A separação de M2M e IoT na pesquisa gera bastante discussão, pois no próprio mercado ainda não estão claras as diferenças entre os dois termos. Ricardo Arguelhes, consultor e coordenador do Gugst, reconhece a dificuldade de se estabelecer essa fronteira e acredita que as duas áreas são cada vez mais parecidas. Mais importante, na sua opinião, é identificar eventuais gargalos em cada uma das áreas prioritárias e discutir soluções. No caso de M2M, ele cita a necessidade de construção de uma infraestrutura que suporte o crescimento dessa área e de soluções para equacionar problemas de ordem prática. "Por exemplo: se um carro conectado entra em uma área de roaming, na rede de outra operadora? Como isso será feito?", pergunta.

 

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