Há 14,9 milhões de contas de serviços de dinheiro móvel registradas na América Latina, distribuídas por 37 serviços disponíveis na região. Desse total, 6,2 milhões são contas ativas, cujos usuários as movimentaram pelo menos uma vez nos últimos 90 dias. A proporção de contas ativas (42%) está acima da média global para esse tipo de serviço, que é de 35%. Os números fazem parte de um levantamento feito pela GSMA e divulgado nesta quarta-feira, 13, durante o Mobile 360, no Rio de Janeiro.
Para essa pesquisa, foi considerado como serviço de "dinheiro móvel" aquele que funciona em qualquer celular, inclusive em feature phones, e que realize pelo menos uma das seguintes funcionalidades: transferência peer to peer; pagamento de contas; pagamento em pontos de vendas; e remessas internacionais. Além disso, são serviços que dependem de redes de cash-in e cash-out com pontos fora das redes bancárias tradicionais. Desta forma, não estão contabilizados serviços que são meras extensões móveis de contas correntes ou cartões de crédito tradicionais, como Apple Pay ou Google Pay. O foco da pesquisa são serviços voltados para os desbancarizados.
Dos 37 serviços listados na América Latina, quatro estão no Brasil: Zuum, Meu Dinheiro Claro, TIM Multibank Caixa e Olha a conta. O país com maior quantidade de competidores de dinheiro móvel é a Colômbia, com cinco. De acordo com a pesquisa, cinco serviços na região ultrapassaram a marca de 1 milhão de contas registradas. E apenas três têm mais de 1 milhão de usuários ativos.
Não foram coletados dados sobre volume transacionado. Mas a pesquisa identificou que 73% das transações acontecem dentro dos seus respectivos sistemas: são transferências entre usuários ou recarga de celular. Os 27% restantes são para fora do sistema, como pagamento de contas ou compras em estabelecimentos comerciais. Para efeito de comparação, nos mercados do leste da África, região que foi pioneira na adoção de serviços de dinheiro móvel, 94% das transações acontecem dentro do sistema e 6%, vão para fora.