A Hands, empresa do grupo Pontomobi especializada em publicidade móvel, montou uma adnetwork Wi-Fi com 1 milhão de hotspots distribuídos pelo Brasil. Os pontos de acesso fazem parte de redes de acesso de parceiros, cujos nomes não podem ser divulgados, e estão instalados em estabelecimentos comerciais e em áreas de grande movimentação de pessoas, como aeroportos. Atualmente, cerca de 6 milhões de pessoas se conectam à Internet através desses hotspots por mês e a Hands acredita que vai conseguir elevar essa audiência para 20 milhões ao fim do ano. Entre 75% e 80% dos acessos são feitos via smartphone e o restante é dividido entre tablets e laptops. A participação dos smartphones deve subir ainda mais até o final do ano, prevê João Carvalho, sócio e diretor geral da Hands.

No modelo de parceria firmado, a Hands fica encarregada da comercialização do inventário, da gestão das campanhas e de toda a parte tecnológica para servir os anúncios, enquanto as operadoras da rede devem garantir a qualidade e a estabilidade da conexão, além da capacidade para uma certa quantidade de usuários simultâneos, de acordo com um contrato de nível de serviço (SLA) assinado entre as partes. A receita publicitária é dividida meio a meio entre a Hands e os provedores.

Serão comercializados três formatos de publicidade: um top banner e uma arroba dentro do portal de acesso, e uma landing page após a conexão. Os anúncios servidos são responsivos e se adaptam ao tamanho de tela dos dispositivos dos usuários. Há ainda a possibilidade de comercialização de um acesso patrocinado, no qual o hotspot leva o nome do patrocinador, descreve Carvalho.

A segmentação para a distribuição das campanhas pode ser feita em três níveis: 1) pela localização do roteador; 2) pelo comportamento on-line do usuário; 3) pelo cruzamento de cadastros de login. Para ter conexão, o usuário precisará informar seu CPF, dado que pode ser cruzado com a base de CPFs do anunciante, de forma que somente as pessoas presentes nos dois grupos recebam determinado anúncio.

"Vínhamos realizando algumas ações pontuais com Wi-Fi desde que a mídia Bluetooth morreu. Mas para virar um produto para grandes anunciantes precisava ter escala. A partir de 2013 começamos a mapear, mas não havia players Wi-Fi tão consolidados. Esperamos um pouco e no meio do ano passado começamos a estruturar a rede", relata o executivo.