Bring Your Own Device (BYOD) é um termo que está na moda dentro do mercado de mobilidade corporativa há pelo menos dois anos. Mas a verdade é que poucas empresa o implementaram de verdade. Segundo o diretor comercial da SOTI para a América Latina, Maurício Montanez, a adoção desse modelo está mais avançada nos EUA e na Europa, enquanto na América Latina há muito interesse mas pouca realização de projetos desse tipo, porque na prática eles demandam um trabalho árduo de elaboração de políticas internas e de convencimento de funcionários.
O BYOD consiste em permitir que os funcionários da empresa utilizem seus celulares pessoais para finalidades de trabalho, desde que aceitem seguir a determinadas normas de segurança e controle estipuladas pelas equipes de TI. Se por um lado o BYOD gera uma economia para a empresa na compra de handsets, por outro, requer investimento na elaboração de um projeto consistente de gerenciamento, o que inclui todo um arcabouço contratual por trás, além de uma plataforma de Mobile Device Management (MDM), obviamente.
"O software de MDM faz apenas 30% do trabalho em um projeto de BYOD. Os 70% restantes são de responsabilidade da empresa e envolvem políticas, contratos etc. Muitas empresas pensam que basta instalar o software, mas estão equivocadas", comenta o executivo. Ele faz uma analogia: "No BYOD, é como se o chefe entrasse na casa do empregado. É preciso explicitar no contrato: vou entrar na cozinha e na sala, mas no quarto não, por exemplo. Mas quem acredita que o chefe não vai mesmo abrir a porta do quarto? O empregado precisa sentir segurança antes de dar a chave de casa para o chefe." Montanez acredita que o BYOD deve ganhar mais força na América Latina somente em 2016.
A SOTI é uma empresa canadense que fornece uma plataforma de MDM. Tem hoje presença em 170 países, com mais de 14 mil clientes, incluindo gigantes como Nestlé, American Airlines e Coca-cola. Os dois primeiros têm cerca de 120 mil e 90 mil devices gerenciados pela plataforma da SOTI, respectivamente. No Brasil, um de seus maiores clientes é a distribuidora de energia Light.