A Comissão Europeia aprovou sem restrições nesta sexta-feira, 24, a compra da Alcatel-Lucent (ALU) pela Nokia. Em comunicado, a entidade afirma ter concluído que a fusão não trará preocupações em relação à competição no mercado de equipamentos de rede de acesso de rádio (RAN) ou de sistemas de core de rede, "em particular porque as partes não são competidores próximos e já que um número de competidores globais fortes vai permanecer ativo depois da transação".

A Comissão declara que, mesmo que após a fusão a companhia resultante fique com cerca de 30% ou mais de participação de mercado em vários tipos de equipamento, a sobreposição de atuação das duas seria "efetivamente limitada". A entidade afirma que, apesar de a Nokia ter uma presença forte na Europa, a ALU é um "player pequeno" nessa região, enquanto nos Estados Unidos a situação se inverte. Cita ainda a concorrência da Ericsson e Huawei, além da ZTE e da Samsung em outros mercados. "Em particular, espera-se que a Samsung atue em um papel mais significativo no futuro próximo em relação à geração mais recente de equipamentos de telecomunicação móvel (chamado 4G, atualmente sendo implantado, e o 5G)", prevê.

Em comunicado, a Nokia ressalta que, além da entidade europeia, também recebeu a aprovação de autoridades de competição na Albânia, Canadá, Colômbia e Rússia. As empresas também já receberam o sinal verde pelas entidades antitruste no Brasil (o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade) e na Sérvia; além de ter o caminho livre nos Estados Unidos por conta do vencimento da data de período de revisão. No entanto, a transação continua sujeita à aprovação pelos acionistas da Nokia e a previsão é de que tudo esteja finalizado no primeiro semestre de 2016.

 

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