A agência nacional de segurança dos Estados Unidos (NSA) vai destruir os registros telefônicos dos próprios norte-americanos. Com a previsão de que toda a coleta de dados seja encerrada no dia 29 de novembro próximo graças à nova lei (chamada de Freedom Act) assinada pelo presidente Barack Obama em junho proibindo a coleta em massa dos registros, a NSA passará então a permitir que agentes técnicos possam ter acesso aos metadados históricos por mais três meses. Depois disso, essas informações serão destruídas.

Segundo comunicado do gabinete da diretoria de inteligência dos EUA nesta segunda-feira, 27, esses dados serão preservados apenas para cumprir obrigações de litígios civis pendentes. Mas garante que, "assim que possível, a NSA vai destruir os metadados de registros telefônicos da Seção 215 (programa original instaurado pelo ex-presidente George Bush de coleta de metadados de telefone) ao expirar as obrigações de preservação por litígio".

Em janeiro de 2014, Obama anunciou a reforma nas políticas de segurança interna e externa e as novas diretrizes para colocar limites às atividades de monitoramento. A movimentação foi uma resposta a toda a polêmica levantada pelas denúncias do ex-colaborador da NSA, Edward Snowden, que envolviam o monitoramento não apenas dos próprios norte-americanos, como também de líderes de outros países, como a presidenta Dilma Rousseff.

Entre as ações anunciadas estava a revisão dos programas da Seção 702 (que coloca indivíduos fora do país como alvo) e da Seção 215. O governo Obama irá revisar anualmente também futuras opiniões da Justiça norte-americana sobre implicações de privacidade.

 

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