A carteira virtual mobile Kiik (lê-se quique) e a adquirente Stone confirmaram nesta semana uma parceria para atingir um mercado em crescimento, o de bares e restaurantes. Com a iniciativa, eles esperam entregar opções de pagamentos de crédito por meio de leitura de QR Code para até 1 mil estabelecimentos no fim de 2015 e 20 mil em um ano.
Antes, a Kiik usava apenas máquinas da Rede e da Cielo, em especial no serviço de táxi da Porto Seguro, Vá de Táxi. Agora terá acesso às bandeiras Visa e Mastercard. O CEO da Kiik, Eduardo Rocha, revela que a parceria deve abrir espaços para novos mercados, como o de profissionais liberais (advogados, vendedores e médicos), ainda em testes.
“A nossa natureza é explorar os nichos, utilizar a tecnologia de forma diferenciada, entendendo as dificuldades daquela vertical”, afirma Rocha. “O setor de alimentação tem uma demanda muito grande, pois carece de mais serviços no pagamento. Além de uma série de profissionais liberais. Nós criamos soluções para médicos, clínicas e advogados, ainda em testes”.
Na parceria, os estabelecimentos que possuem máquinas da Stone podem instalar o app Kiik em suas máquinas. Elas passam a exibir o QR Code na tela do equipamento. Sem tirar a carteira do bolso, o cliente usa câmera do celular para reconhecer o código e transferir o dinheiro via app. De acordo com Augusto Lins, diretor da Stone, as APIs e o fato que a empresa oferece plataforma aberta de integração em suas máquinas de cartão POS (Point of Sale) ajudaram na integração das duas empresas.
“Entendemos que o serviço do Kiik tem uma solução muito boa e simples para o usuário, algo que simplifica para o lojista fazer sua venda”, explicou Lins. “Em uma semana começamos os testes. Em menos de um mês, a plataforma já estava funcionando”.
A monetização das duas empresas funciona com a Stone cobrando parte os serviços de sua plataforma. O app por sua vez, ganha com mensalidades, assinaturas no app e um valor por número de transações.
QR Code x NFC
Os dois executivos acreditam que há espaço para soluções de pagamentos por QR code e por NFC no mercado brasileiro. “O mercado tem demandas diferentes, com visões diferentes para pessoas diferentes. Vai surgir uma quantidade muito grande de soluções de pagamentos, principalmente pelo smartphone”, afirmou Lins. ”As pessoas vão querer cada vez mais o “SoLoMo”, algo social, local e móvel”.
Eduardo Rocha disse que a Kiik deve desenvolver aplicações para o NFC, mas que ainda vê vantagem no formato atual com QR code. “O QR Code pode ser usado de várias maneiras: na tela, no papel, no documento. O NFC pode ser usado apenas em POS”, compara o executivo.