O Monitor Banda Larga, iniciativa entre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), completou um ano em julho e agora deve atender a mais usuários, prometendo servir também como recurso para reclamações em queda na qualidade da banda larga fixa. Além das versões para Android e iOS (que também funcionam em redes móveis), que servem tanto para os smartphones quanto tablets dos respectivos sistemas operacionais; e por navegador na Web, agora a ferramenta de medição de qualidade da conexão está disponível em forma de app também para Mac OS/X e, até o fim de novembro, chegará ao Windows (a partir da versão 8).

O gerente de projetos do NIC.br Fabrício Tamusiunas indica que a ferramenta ganhou diversas melhorias com o passar do tempo, incluindo o abandono da necessidade do plugin Java em computadores: "essa mereceu a música Firework, da Katy Perry", brinca. "Era uma pedra no sapato, mas agora evoluímos, temos relatórios mais rápidos, em 5 segundos (antes era em 1 minuto)".

Outras novidades são a melhor análise do Wi-Fi, que agora também é compatível com redes em 5 GHz, e a melhora no algoritmo de identificação de canais da rede que estejam mais livres, identificando quando há interferência. Além disso, a versão Web passou a ser compatível com o Windows 10. Uma vez que a Microsoft lance o sistema operacional também para smartphones, haverá uma adaptação para que funcione também nesse tipo de hardware. A versão para computadores da Apple está disponível na Mac App Store.

Insatisfação

Tamusiunas explica que o recurso é útil porque a medição bruta de velocidade não é suficiente para monitorar a qualidade da Internet. Assim, o projeto utiliza o Sistema de Medição de Tráfego Internet (Simet), com servidores de 23 locais neutros, diversos estados onde o IX.br (antigo PTT.br, entidade que gerencia os pontos de troca de tráfego brasileiros). Em um ano, o Monitor Banda Larga registrou 34.295 instalações e 7,127 milhões de medições.

Na pesquisa realizada com usuários de banda larga fixa, a percepção do usuário final em todo o País foi de que 16% acham a conexão ruim ou muito ruim. A maioria, 21%, contudo, considera a qualidade de acesso regular. Para 32% dos entrevistados, a Internet é boa ou muito boa.

Os relatórios gerados podem ser utilizados para encaminhamento de reclamações em caso de perda de qualidade na conexão. Segundo Tamusiunas, 22% dos usuários do Monitor afirmaram que aproveitaram os relatórios para reclamações. Validam o resultado produzido pela ferramenta as próprias operadoras, entidades de defesa ao consumidor (como Idec e Proteste), a Anatel e o site consumidor.gov.br, que o diretor do NIC.br considera como um dos mais efetivos.

O aplicativo consegue realizar as medições tanto na rede móvel 3G/4G quanto no Wi-Fi, indicando se a conexão é boa o suficiente para tarefas como navegar na Web ou assistir a vídeos. Outra forma de monitorar a banda larga é o Simetbox, um roteador comum (o apresentado foi um modelo TP-Link) atualizado com firmware do Monitor. Assim, o aparelho faz testes diários com o Simet, fazendo também testes de disponibilidade durante o dia, além de avaliações do tráfego de peer-to-peer (p2p) para "casos de (quebra de) neutralidade" (traffic shaping), de DNS e do acesso aos sites mais visitados no Brasil segundo o ranking Alexa.

 

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