A GeneXus espera que a sua plataforma homônima de produção de aplicativos cresça em 20% seu número de desenvolvedores ao longo dos próximos 12 meses. Com 5 mil criadores em sua comunidade mundial, sendo 2 mil do Brasil, a empresa possui mais de 2 mil apps publicados na Google Play, do quais 500 são brasileiros.
A ferramenta de desenvolvimento de sistemas possibilita fazer aplicativos para dispositivos móveis em múltiplas plataformas (Android, iOS, Windows Phone etc.). Em breve conversa com o MOBILE TIME, o uruguaio Nicolás Jodal, CEO mundial da companhia, apresentou os próximos passos de sua empresa e sua visão sobre o futuro da tecnologia móvel.
Para o executivo, o atual momento de crise vivo não só pelo Brasil mas por toda a América Latina, não é um problema para a empresa. “A nossa companhia está indo muito bem. O grande problema que temos é o dólar, que tem crescido muito. É preciso aumentar as vendas a 30% para manter o mesmo nível do ano passado”, explicou Jodal. “Com a crise nós temos uma vantagem. Podemos aprender a fazer mais por menos”.
Uma das iniciativas que a GeneXus está buscando é com a SAP e seus sistemas de gerenciamento empresarial. Jodal explica que sua companhia está fechando um contrato para fazer apps com programas da gigante de tecnologia alemã, mas ainda não há valores fechados.
Apps para empresas x Apps para usuário final
A GeneXus tem em sua carteira de clientes várias empresas de grande porte, como Mitsubishi, Toyota, Sony e Faber Castell. Na visão do executivo, as companhias vão dominar o mercado com aplicativos corporativos em pouco tempo, enquanto as lojas de aplicativos para o usuário final serão apenas um “pedaço do negócio” de apps.
Para os usuários comuns, a Genexus aposta em um relacionamento com as empresas de utilities (gás, energia elétrica, saneamento básico etc.) e órgãos do governo. No Brasil, a empresa possui relacionamento com a prefeitura de Blumenau, em Santa Catarina, e com a concessionária Águas Guariroba, do Mato Grosso do Sul.
“Para nós é muito importante esse relacionamento com as utilities. Cada cidadão vai precisar de apps”, afirmou o uruguaio. “Por exemplo, aqui em São Paulo todo mundo utiliza aplicativo para dirigir. No futuro, o cidadão vai querer saber a qualidade da conta de água, luz e gás”.
Futuro da mobilidade
Jodal acredita que o futuro da tecnologia passará pela integração entre apps e sensores diversos. E a visualização dos dados precisa acontecer de forma uma simples para o usuário final. “Eu não quero apresentar um gráfico com uma grande quantidade de dados. Preciso mostrar se terá enchente ou não”, disse o CEO da GeneXus citando o app AlertaBlu que avisa aos moradores de Blumenau sobre riscos de enchentes. “Por trás, o aplicativo deve ser complexo e ter todos os dados armazenados, mas a parte visual precisa ser simples”.