A Vivo tem hoje 43 milhões de usuários que assinam pelo menos um dos 88 serviços de valor adicionado (SVA) disponíveis em seu portfólio. Ou seja, 52% da sua base de assinantes móveis utiliza algum SVA. Os números foram abertos em detalhes pela primeira vez nesta quinta-feira, 2, em coletiva para a apresentação de uma nova fase na estratégia da empresa para conteúdo móvel. A partir de agora, a Vivo quer focar em SVAs que envolvam conteúdo gerado pelo próprio usuário.

"As pessoas querem ser as protagonistas, querem participar de maneira mais ativa. São cada vez mais participativas", explicou Christian Gebara, CRO da companhia. Os primeiros dois serviços com essa nova proposta foram apresentados no evento: "Vivo Meu Show", um concurso musical para novos talentos disponibilizado no formato de app para Android e iOS; e "Vivo Meu Negócio", um serviço de coaching de empreendedorismo com dicas do Roberto Justus e que também terá um concurso para que os usuários apresentem projetos de novos negócios.

A nova fase faz parte da estratégia da Vivo de se posicionar como uma "telco digital". Ou seja, a empresa não quer ser um mero cano para tráfego de dados. "Não é só conexão. Queremos dar uma experiência completa para o cliente, com entretenimento, educação, saúde etc", disse Gebara.

A política em relação ao tráfego de dados, porém, continua a mesma. A Vivo não oferece tráfego gratuito para nenhum aplicativo. Isso vale tanto para apps de terceiros como para os seus próprios. "Não acreditamos nesse modelo. Não oferecemos consumo ilimitado para nenhum aplicativo para preservar a qualidade da rede. Muita gente conectada na mesma ERB com dados ilimitados prejudica a experiência", justificou Gebara.

Adições

Nos dois apps apresentados, o conteúdo pode ser acessado por usuários de outras operadoras, desde que paguem com cartão de crédito através das lojas de aplicativos da Apple e do Google. Porém, a participação nos concursos é restrita a assinantes da Vivo. A empresa acredita que isso possa atrair adições brutas em sua base pré-paga, mas evita fazer projeções por enquanto.

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!