No último painel do Fórum Mobile+, realizado nesta quarta-feira, 23, em São Paulo, executivos da Samsung, ClickSoftware, Venturus e Ericsson defenderam a privacidade no uso dos wearables, mas afirmaram que falta uma cultura de uso desses dispositivos.

“Nós, como sociedade, vamos ter que evoluir e entender como funciona a privacidade na era digital. Quem controla as informações? O que é privacidade? O conceito de privacidade mudou”, afirmou Roberto Soboll, diretor de produtos de telecom da Samsung na América Latina.

Rodrigo Rego, gerente de soluções da ClickSoftware, que produz aplicativos para dispositivos vestíveis destinado aos técnicos de campo, acredita que mesmo com o smartphone há problemas de adoção por parte do usuário corporativo. Ele disse que até a adoção de smartphones encontra resistência por parte de técnicos de campo, que receiam ser monitorados.

O cuidado para não se expor foi citado. Marcelo Abreu, gerente de inovação da Venturus, acredita que ao fazer o desenvolvimento de um wearable é preciso “tomar cuidado para não expor uma pessoa”. “Não é só o wearable, é a sua vida. As pessoas precisam pensar que o mundo digital é muito aberto”, completa Abreu.

O mercado dos dispositivos móveis foi outro tema abordado pelos especialistas. Jesper Rhode, vice-presidente de marketing da Ericsson na América Latina, disse que a área de bem-estar dentro das empresas é um dos maiores demandantes no setor, assim como uma plataforma aberta para o desenvolvimento de novas aplicações. “Bem-estar é a primeira área a empresa que se beneficia dos wearables. As empresas vão começam a usar wearables em seus funcionários para melhoras sua saúde, sem invadir sua privacidade”, explicou Rhode.

 

 

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