De forma discreta, em uma nota de rodapé, o Facebook anunciou nesta quinta-feira, 24, a mudança de nome do Internet.org para Free Basics. Na verdade, a iniciativa em si mantém a marca original – o que muda são o aplicativo para Android e o site móvel, que passará a redirecionar para FreeBasics.com. Ou seja: muda a marca para o público, ainda que o projeto continue a adotar o nome antigo.

No comunicado, o Facebook justifica: "Estamos efetuando essa mudança para melhor distinguir a iniciativa Internet.org dos programas e serviços que estamos provendo, incluindo o Free Basics". Na verdade, é uma clara tentativa de resposta às críticas que o projeto vem recebendo, especialmente na Índia. Entidades reclamam que a marca dá a falsa impressão de ser a própria Internet, assim como o domínio ".org" levaria a crer que se trata de uma iniciativa de organização sem fins lucrativos.

Interessante notar ainda que a adoção do Free Basics acontece logo após o início da veiculação de peça publicitária na TV brasileira promovendo o Internet.org – assim mesmo, com essa marca e antes de o projeto funcionar de fato no País. O Comitê Gestor da Internet (CGI.br) chegou a questionar a companhia a respeito do projeto, mas ainda não divulgou nenhuma conclusão sobre a análise. Por sua vez, a parceria anunciada pela presidenta Dilma Rousseff com o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, no começo deste ano não foi oficializada, já que o governo agora nega qualquer acordo do tipo.

Segurança

O anúncio foi realmente feito de forma discreta. No comunicado, o Facebook procurou destacar o lançamento da plataforma Free Basic Services para desenvolvedores. Anunciada em maio, agora ela está em funcionamento, adicionando 60 novos serviços nos 19 países da Ásia, África e América Latina onde o Internet.org está funcionando.

Além da nova plataforma, o Facebook anunciou que o protocolo HTTPS passará a ser utilizado também na versão Web. A empresa já adotara a medida de segurança para o aplicativo Android, mas agora passará a fazer uma criptografia na comunicação entre o servidor do próprio Facebook e o dispositivo que tenta acessar. Ou seja, mesmo que o serviço só utilize o HTTP básico, a camada de segurança é adicionada com a interceptação do tráfego.

 

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