Em sete anos de portabilidade numérica no Brasil, foram efetuadas 29,3 milhões de migrações, segundo relatório da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), entidade responsável pela portabilidade, divulgado nesta terça, 13. Mais da metade dessas trocas aconteceram na telefonia móvel: de setembro de 2008 até o dia 30 de setembro de 2015, foram 18,1 milhões (62%) de números celulares e 11,2 milhões de números de telefones fixos (38%) portados no País.
Considerando somente o terceiro trimestre deste ano, houve 1,06 milhão de migrações, com maior proporção para os números de celulares: 678,53 mil (64% do total), contra 387,58 mil (36%) dos terminais fixos. No acumulado do ano, a ABR Telecom registrou 3,03 milhões de trocas, sendo 1,88 milhão (62%) para telefonia móvel e 1,15 milhão (38%) para a fixa.
Análise
O Brasil é, sem dúvida, um dos casos de sucesso da portabilidade numérica no mundo. Ao garantir ao consumidor o direito de migrar seu número falando apenas com a operadora de destino, a Anatel conseguiu facilitar e agilizar o processo, que acontece entre as empresas com a intermediação da ABR, uma entidade independente que goza da confiança das teles. Com a portabilidade, o número passou a ser praticamente uma "posse" do usuário, que só abre mão dele se quiser (ou se não puder mais manter a linha), independentemente da operadora que lhe prestar o serviço. Isso reforça o número telefônico enquanto mecanismo de identificação, que é utilizado hoje por serviços diversos, desde alguns de dinheiro móvel, como Zuum, até mensageria instantânea, como WhatsApp.