A revolução causada pela popularização e pela verdadeira paixão por dispositivos móveis transformou o jeito como nos relacionamos com o tempo, o trabalho, o consumo e com as pessoas. Os smartphones deixaram à distância de um toque um mundo de possibilidades que gira no ritmo da instantaneidade. A Economia dos Aplicativos é uma megatendência mundial que consiste em querer fazer tudo por meio de aplicativos. Isso muda não só o dia a dia dos consumidores, mas também a rotina das empresas. É preciso garantir a estabilidade dos sistemas e, ao mesmo tempo, inovar, lançar e manter no ar aplicativos seguros, ágeis e que sejam úteis.

Pesquisa global da CA Technologies em parceria com a Vanson Bourne mostra que 24% das empresas do mundo estão inseridas na Economia dos Aplicativos. No hiperconectado Brasil, o índice chega a 89%. E a inovação já traz resultados: de acordo com o estudo, essas corporações têm, em média, 106% mais receita, 68% mais lucratividade e 50% mais novos negócios do que aquelas que ainda não despertaram para essa tendência. Estima-se que a Economia dos Aplicativos vá movimentar US$ 25 bilhões neste ano.

A inovação tornou-se o centro estratégico dos negócios. Um elemento fundamental para que os líderes empresariais vislumbrem novos caminhos. Na nova economia, o departamento de Marketing tem papel central em trazer para casa essa discussão e em estimular essa inovação. O marketing é o posto privilegiado de contato e de observação do consumidor, e, na Economia dos Aplicativos, o consumidor é rei.

No modelo tradicional, o marketing só entra em ação quando um produto, concebido pela área de pesquisa e desenvolvimento, está prestes a ser lançado. Mas a Economia dos Aplicativos subverte essa lógica, e o marketing, termômetro do mercado, passa a ter participação em todo o processo de criação, enriquecendo-o com dados e insights sobre os desejos, necessidades e sentimentos do consumidor.

Outro fator vital nesse cenário é a interação com o usuário por meio das redes sociais e dos canais de compartilhamento de informações. A decisão de compra não é mais bilateral – vendedor X consumidor –, mas sim multilateral. O cliente consulta a Internet, sites colaborativos de defesa do consumidor, grupos no Facebook, avalia e verifica a nota e as resenhas sobre os aplicativos da companhia, testa o mesmo e é influenciado pelas experiências do usuário por meio das redes sociais. Forma-se então um complexo mosaico. O marketing tem as ferramentas e a expertise para digerir e alinhar essa teia de informações e apresentá-la com insights e oportunidades de negócios aos tomadores de decisão das empresas.

Um exemplo do sucesso dessa integração foi o lançamento do aplicativos Nike+, que funciona como um personal trainer digital para pessoas que praticam esportes. O aplicativo foi desenvolvido a partir de um esforço colaborativo entre os departamentos de marketing e criação.

Está nas mãos do marketing ainda escolher ferramentas e estruturar o grande volume de dados trazidos à tona pela Internet das Coisas, que faz parte do panorama da Economia dos Aplicativos. Quando falamos que o Brasil tem 154 milhões de smartphones, estamos falando de milhares de sensores acoplados a esses aparelhos. Eles captam e transmitem dados de luz, pressão atmosférica, movimento, altitude, biometria, batimentos cardíacos, posicionamento, aceleração etc.  Esse gigantesco volume de dados contém informações preciosas sobre hábitos e anseios dos usuários, mas de nada valem sem soluções de Big Data, Analytics e, acima de tudo, de inteligência para extrair o máximo valor deles.

Assim, o marketing toma uma posição central como indutor da inovação e do ingresso das empresas nessa era digital, um processo irreversível para toda organização que queira vencer na Economia dos Aplicativos.

 

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