A TIM divulgou na noite desta terça, 3, seus resultados financeiros e operacionais referentes ao terceiro trimestre de 2015. A empresa registrou queda de 15,2% na receita líquida no comparativo com o mesmo período de 2014, para R$ 4,117 bilhões. No acumulado anual, a queda na receita líquida é de 9,2%, totalizando em setembro R$ 13,0 bilhões. A maior queda nas receitas foi com as receitas provenientes com serviços (-6,5% na comparação entre os terceiros trimestres), sendo que o que a TIM chama de receitas inovativas (basicamente, serviços de dados e SVAs) tiveram aumento de 34,1%. Os custos de operação também teve redução expressiva, de 19,9% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2014, para R$ 2,82 bilhões, ou de 12% no acumulado no ano, mas isso não foi suficiente para evitar a queda no EBITDA. O resultado foi 2,7% menor no terceiro trimestre, registrando R$ 1,29 bilhão. No ano, a queda foi de 1,9%, totalizando até setembro um EBITDA acumulado de R$ 3,9 bilhões. O lucro líquido no terceiro trimestre caiu 50,5%, para R$ 172,3 milhões, e no ano a queda acumulada é de 28,6%, para R$ 775 milhões no acumulado. A operadora ampliou no ano em 11,3% seus investimentos em relação a 2014, para R$ 2,9 bilhões. A margem EBITDA aumentou para 31% no terceiro trimestre, contra 27% no mesmo período de 2014. A dívida líquida da companhia é de R$ 2,5 bilhões.

Um dos fatores que explica a queda acentuada de receitas da TIM é a queda na taxa de minutos de uso, que ficou 13% menor no trimestre em relação a 2014. Câmbio e retração econômica também pesam, relata a empresa em seu relatório. Além disso, a TIM alerta que a substituição inclusive dos serviços de voz por dados em ritmo intenso, "antes mesmo do efeito da redução das tarifas de interconexão VU-M e seu impacto nas tarifas off-net", diz o balanço, o que pode ser um indício das razões que levaram a operadora a alterar radicalmente sua política de planos de voz, igualando os valores das chamadas para outras operadoras. A TIM lembra ainda que o mercado como um todo enfrenta uma retração na base de clientes pré-pagos.

A estratégia da operadora tem sido focada na ampliação da base pós-paga (que já representa 19%) e na oferta de dados e serviços adicionais. Com isso houve um aumento de 37% nas receitas médias por usuário com esse tipo de serviços inovativos, e um aumento de 30% no volume de dados trafegados por usuário. Além disso, a penetração de smartphones alcançou 64% da base no terceiro trimestre.

A expansão de investimentos está atrelada à estratégia de ampliar a base de cidades com 3G (foram 300 novas cidades com o serviço no trimestre) e 4G (que ganhou 55% novos sites, em 478 cidades).

 

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