O plano de expansão da infraestrutura LTE da TIM vai muito bem, obrigado, e um provável atraso da entrega da faixa de 700 MHz às teles móveis por conta de dificuldades no cronograma de desligamento do sinal analógico de TV deve ter um impacto pequeno, de acordo com o presidente da operadora, Rodrigo Abreu. Isso porque a TIM fez um plano agressivo de investimento em 4G para o triênio 2015-2017 com base no uso das faixas de 2,5 GHz e de 1,8 GHz. "O impacto no nosso plano será pequeno porque pelo cronograma do edital a faixa só seria entregue após 2017", explica o executivo, que se reuniu nesta quarta-feira com analistas de mercado e jornalistas para apresentar os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2015.
Abreu comemorou durante a apresentação de resultados ter alcançado em outubro o primeiro lugar em cobertura 4G entre as teles móveis brasileiras, com um total de 278 cidades cobertas. "Fechamos o trimestre com 58% da população coberta com 4G e queremos chegar até o fim de 2017 a 90% da população. E o que nos permitiu expandir foi a faixa de 1,8 GHz", conta.
A expectativa da TIM é de que eventuais atrasos possam ser compensados porque há regiões em que o espectro já pode ser liberado sem a necessidade do switch-off do sinal analógico. O assunto está sendo estudado pelo Gired. "Se isso acontecer e não necessariamente precisarmos aguardar o switch-off em algumas áreas, no equilíbrio de todo o processo é possível que tenhamos até uma antecipação do cronograma", acrescenta o vice-presidente de assuntos regulatórios da TIM, Mario Girasole. "O Ministério das Comunicações está travando um diálogo competente no Gired com operadoras e radiodifusores para reduzir o impacto das TVs e não prejudicar as teles", conclui.
Fontes da operadora disseram que a empresa está apenas mais atenta à questão do percentual de domicílios aptos a receber o sinal digital, de 93%, como uma variável que pode complicar a liberação do espectro nas cidades mais congestionada. A TIM, assim como as demais teles, defende a tese de que esses 93% precisam incluir os domicílios com TV por assinatura e recepção via satélite, do contrário dificilmente será um percentual factível.