Lançado no Brasil no dia 28 de maio, o smartphone G4, da sul-coreana LG, chamou atenção em alguns aspectos: a bateria removível, a opção de cartão de memória, e sua excelente câmera traseira. Passados seis meses, todas essas características continuam louváveis. Mas o que vale é que, como todo Android, há uma queda sensível no preço praticado nas lojas brasileiras após algum tempo. A pergunta é se vale a pena comprar o dispositivo hoje.

Trocando em miúdos: sim, mas com ressalvas. Mesmo com cerca de cinco meses de uso diário (ou seja, em condições reais), o G4 utilizado nos testes para Mobile Time oferece desempenho satisfatório. Há alguns engasgos com memória (ele tem 3 GB de RAM), mas nada que o útil recurso de fechar todos os apps de uma vez não ajude a solucionar.

A câmera, particularmente, continua a impressionar. Embora em situações de mundo real o controle manual de obturador, ISO/ASA e foco seja um tanto lento (é possível notar engasgos na imagem em tempo real na tela), o recurso ainda é muito bem-vindo. Especialmente na hora de tentar capturar imagens em locais com pouca luz, desde que o objeto não esteja em movimento. O app de câmera normal, por sua vez, faz um bom trabalho e é suficiente para a maioria dos usuários.

A bateria continua dando conta. Não é boa como a dos recentes aparelhos Motorola, mas não chega a ser sofrível como a dos iPhones normais (o modelo Plus, pelo contrário, conta com excelente autonomia de energia). A tela LCD com resolução quadHD (ou seja, 2560 x 1440 pixels) é muito boa. Não chega a chamar a atenção como as telas AMOLED de concorrentes, mas mostra uma fidelidade de cores que agrada, especialmente com tons frios.

O maior problema, e ainda recorrente, é um bug com os fones de ouvidos: às vezes o sistema insiste em diminuir o som completamente, ou mesmo deixá-lo no mudo. Importante notar que isso aconteceu com fones de ouvido de outra marca (Sony MDR-XB70/N intra-auricular), mas é estranho e incômodo.

No frigir dos ovos, e passados cerca de seis meses, o LG G4 continua uma opção salutar de smartphone Android na categoria de ponta (ou high-end, se preferir). A questão é o custo-benefício. Até meados de novembro, o aparelho podia ser encontrado por R$ 1.799 em lojas virtuais, mas o preço mais comum fica em torno dos R$ 2 mil, o que o deixa em direta competição com o Samsung Galaxy S6 (com opção de armazenamento semelhante, de 32 GB), que oferece mais potência, tela melhor, acabamento mais refinado e câmera quase tão boa quanto. Ainda assim, o G4 ainda é um dos melhores Androids do mercado brasileiro.

 

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