Anunciada na quinta-feira, 17, a nova etapa do projeto de cidade digital de Águas de São Pedro (SP) já deverá começar em janeiro. Com a Telefônica fora da orquestração – a companhia continua oferecendo a conectividade e participando da iniciativa de educação -, a prefeitura entendeu que havia adquirido maturidade para tocar a prova de conceito, ficando com toda a parte de estrutura, relação com fornecedores e gerenciamento em geral. Aí entra a plataforma de gestão da fornecedora Tacira, que planeja utilizar a oportunidade de "laboratório vivo" do município, como explicou a este noticiário a diretora de negócios da empresa, Katia Galvane.

A executiva fez parte da equipe da estruturação do projeto quando ainda era funcionária da Telefônica, então acompanhou de perto todo o desenvolvimento do trabalho. "A questão é que prova de conceito tem data para começar e terminar", explica. Ou seja: a operadora capitaneou a iniciativa, ganhou a experiência e retorno necessários, e agora segue em frente.

Da mesma forma, a Tacira planeja ter a experiência na cidade por pelo menos um ano, "salvo qualquer mudança no meio do caminho" – em 2016 haverá eleições municipais. "Estamos apresentando à prefeitura o plano de ação, o cronograma, quem vai fazer o quê, onde, quem fará a interface.. Tudo organizadinho", diz.

Kátia Galvane acredita que esse período produzirá indicadores importantes para o mercado de cidades digitais, algo que tem maior eficácia em Águas de São Pedro por ser um ambiente controlado, com população de 6.500 habitantes. "É praticamente uma maquete, a gente tem oportunidade de colocar várias iniciativas em prática com uma cidade de escopo reduzido."

A diretora da Tacira explica também que, mesmo que seja necessário trocar fornecedores, nada disso terá custo para a administração pública. "Nada é para a cidade, cada fornecedor que quer gerar uma nova prova de conceito tem de bancar o próprio custo", declara.

Enquanto isso, a Tacira não se limita à cidade de Águas de São Pedro. A companhia também conta com projeto em Itatiba (SP), onde atua com "espaço inteligente". Além disso, a diretora de negócios da fornecedora diz que está examinando a oportunidade de participar da licitação da nova fase do projeto WiFi Livre, da prefeitura de São Paulo. "A gente está exatamente identificando todas as oportunidades de licitação que tenha um viés (relacionado) com nosso produto", revela.

 

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