Com a virada de ano, a tendência a brincar de prever o futuro é quase irresistível. Aqui vão alguns palpites que tenho para os próximos meses nas indústrias de tecnologia, internet, mídia e entretenimento.
1. No meio de todo o barulho das redes sociais e da enxurrada de informação, o SMS torna-se relevante novamente como uma forma confiável, barata e fácil de repassar conteúdo de empresas aos consumidores. Serviços de faturamento, o mercado de SMS, de geolocalização e de segurança o aproveitam bastante.
2. Crianças não querem mais doces, querem tecnologia móvel. O número de crianças com celulares cresce sem parar, impactando na forma em que iremos nos comunicar com eles dentro de alguns anos.
3. O varejo não utiliza realmente beacons ou aplicativos de geolocalização, mas é exatamente por isso que são estratégicos e relevantes para varejistas que querem ser reconhecidos como expoentes em tecnologia. Não atingirá as massas, mas continua interessante.
4. A privacidade torna-se um recurso estratégico para negócios que dependem de informações dos usuários. A disputa entre segurança pública e privada continua, mas de agora em diante os consumidores terão a palavra final sobre isto. A Europa privilegia a privacidade, os Estados Unidos privilegiam a segurança, e o resto do mundo assiste e aprende com suas experiências.
5. Pelo menos 15 empresas na lista das 500 da Forbes serão hackeadas e os dados de seus consumidores serão expostos. A segurança também importa aos consumidores.
6. O número de pessoas procurando por tomadas aumenta, enquanto ninguém resolveu o problema das baterias. Elon Musk, estou contando com você.
7. A automação ganha espaço na sua casa, no seu carro, nas tarefas repetitivas em seu celular. Dispositivos móveis (e os relógios) são ótimos controles remotos, no final das contas.
8. Carteiras eletrônicas não acrescentam muito onde a indústria financeira for tecnologicamente madura, como no Reino Unido e no Brasil.
9. Redes sociais funcionam melhor em um contexto e com interação humana; afinal de contas, estamos em uma conversa. As marcas começam a perceber que robôs não servem para tudo, especialmente para falar com a geração Y.
10. A indústria musical se reinventa em torno dos serviços de streaming, o novo centro gravitacional da música. A Apple, o Google e outros gigantes começam a agir como gravadoras, fechando propostas, lançando carreiras e promovendo conteúdos. Artistas de sucesso não precisam de streaming livre, leve e solto de sua arte. A indústria começa a se concentrar em alguns serviços de streaming para continuar relevante.
11. Video on demand (VOD) é a nova TV, já que os esportes, as notícias ao vivo e os shows são as únicas coisas que prendem os telespectadores aos canais tradicionais de TV. Provedores de TV a cabo tornam-se provedores de internet e não ligam mais para a abundância de canais e conteúdo, uma vez que é mais lucrativo manter relevante a infraestrutura da internet.
12. Relógios, pulseiras, fones de ouvido, óculos, aparelhos com IoT estão aqui para ficar e se tornarem, devagar e silenciosamente, comuns. Se você acordar e se sentir um ciborgue, não se assuste. Afinal, estamos em 2016