A Xiaomi revelou que vendeu 70 milhões de smartphones em 2015, 10 milhões abaixo de sua última expectativa. De acordo com a Bloomberg, o resultado foi revelado nesta sexta-feira, 15, em um e-mail enviado pelo fundador da empresa, Lei Jun, aos funcionários da empresa.
No documento, Jun lembra que a estimativa inicial era 100 milhões de dispositivos, reduzida para 80 milhões durante o ano pela atual desaceleração na economia chinesa. Jun considerou a perda um “forte golpe” na moral da empresa.
Um analista entrevistado pela Bloomberg espera um recuo de 10% nas vendas de handsets da Xiaomi. Algo pouco pensado dois anos antes, quando a companhia recebeu R$ 1,1 bilhão de investidores e mirava novos mercados.
Contudo, a Xiaomi enfrentou não apenas uma redução no consumo chinês, mas a ascensão dos compatriotas Meizu e Huawei. Apenas a Huawei vendeu 100 milhões de smartphones em 2015, alcançou a terceira posição no ranking das fabricantes de celulares e almeja uma expansão na Europa e Estados Unidos.
Mesmo com o impacto de hoje, Lei Jun tentou ser positivo na mensagem para seus oito mil funcionários. Ele disse que pretende trazer os “tempos divertidos” para a Xiaomi novamente, com a pesquisa de novos equipamentos ligados à robótica e realidade virtual, através de uma nova equipe formada dentro da companhia.