A Nokia anunciou na manhã desta quarta-feira, 6, estar "começando a tomar ações" de demissões e de corte de custos como parte de seu programa de sinergia e de transformação. A companhia espera alcançar 900 milhões de euros em custos operacionais de sinergia no ano de 2018 e relacionado à aquisição da Alcatel-Lucent, mas não divulgou exatamente quantos funcionários pretende desligar. Em comunicado, a empresa diz estar dando os passos para "se adaptar às condições desafiadoras do mercado e para direcionar os recursos para tecnologias orientadas ao futuro como a 5G, o Cloud e a Internet das Coisas".
As demissões deverão começar a partir de agora, estendendo-se até o final de 2018. A ideia é reduzir onde as áreas são redundantes com a ALU, como pesquisa e desenvolvimento, organizações regionais e de vendas, além de funções corporativas. Ainda nesta quarta, representantes da Nokia deverão se encontrar com dois dos conselhos de trabalho europeus, com reuniões similares e consultas semelhantes nos quase 30 países onde a empresa atua "nas próximas semanas". Procurada por este noticiário, a Nokia Brasil afirmou que não comentaria o anúncio no momento.
Além da redução de funcionários, a companhia espera economizar com ativos como prédios, além de serviços, cadeia de fornecimento e manufatura. No comunicado, o CEO da Nokia, Rajeev Suri, afirma que o acordo para a incorporação da Alcatel-Lucent já previa o compromisso de entregar 900 milhões de euros em sinergias, e que essa meta continua intacta. "Também sabemos que nossas ações terão consequências em humanos reais e, devido a isso, vamos proceder de forma que seja consistente com nossos valores de companhia e promovendo transição e outros suportes para os funcionários impactados", afirma Suri.