A Trocafone, start-up brasileira de compra e venda de celulares e tablets seminovos, recebeu uma nova rodada de investimento no valor de R$ 20 milhões feita pelo fundo suíço Sallfort. Com menos de dois anos de atividade no mercado, este é o terceiro aporte recebido pela empresa, totalizando R$ 36 milhões em investimentos. No ano passado, um fundo composto pela Wayra, aceleradora de start-ups do grupo Telefônica, 500 Startups, Lumia Capital e Quasar Ventures investiu R$ 12 milhões na empresa. O mesmo grupo, acrescido da NXTP, já havia feito um investimento inicial na companhia em 2014 de R$ 4 milhões.

Criada por dois empreendedores argentinos que decidiram abrir o negócio primeiro no Brasil por conta do potencial do mercado local, a Trocafone faturou R$ 40 milhões em 2015. Para este ano, a expectativa é atingir R$ 240 milhões. No ano passado, foram comercializados 50 mil aparelhos e a meta para esse ano é triplicar esse número.

"Pretendemos utilizar o aporte para consolidar a empresa no Brasil e estruturar a operação na Argentina, onde abrimos operação no fim do ano passado. Para o início de 2017 estamos planejando expandir nossa atuação para Colômbia, Peru e Chile. Para isso, prevemos um investimento de R$ 40 milhões", afirma Guille Freire, CEO da Trocafone.

Um fator relevante para o sucesso do negócio da Trocafone é o cenário favorável ao chamado "recommerce" no país. “Além disso, estima-se que há 100 milhões de smartphones em circulação, o que favorece o desenvolvimento da cultura de recommerce”, acrescenta o executivo.

Além da comercialização via website, a companhia também aposta na expansão do seu programa de trade-in. A empresa mantém parcerias com pontos de vendas que podem trocar aparelhos dos seus clientes por produtos novos, beneficiando-os com descontos. Já o varejista incrementa suas vendas e fideliza seus clientes. Atualmente, a Trocafone já está presente em lojas que comercializam aparelhos das marcas Samsung, Motorola, Sony e LG.

 

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