A Ericsson inaugurou nesta sexta-feira, 29, seu laboratório de Internet das Coisas (IoT) no centro de inovação da empresa em Indaiatuba (SP). O projeto, com investimento de R$ 2 milhões e um aporte total de R$ 110 milhões em pesquisa e desenvolvimento da companhia, foi apresentado como uma parceria com o Ministério das Comunicações, com a presença do ministro André Figueiredo.

Segundo explicou o secretário de telecomunicações, Maximiliano Martinhão, o laboratório deverá entrar no contexto dos programas de apoio ao desenvolvimento tecnológico no Brasil. "O papel do Minicom é que a gente têm a câmara da IoT, onde elaboramos um plano de IoT para o Brasil e uma das questões é o desenvolvimento tecnológico no País, porque está todo mundo no mesmo nível, ainda não existe killer app, nem solução definida ainda", afirma. O próprio plano nacional de IoT, ele explica, já está com a minuta pronta e deverá ser colocado em consulta pública "tão logo seja possível".

Martinhão garante que a relativa demora em apresentar a minuta para a consulta é porque foi necessário reunir com todos os ministérios para apresentarem demandas para os próximos seis anos. "Porque isso dá sinalização para o mercado para qual o tamanho do mercado brasileiro para as empresas desenvolverem aplicações", explica. Como exemplo, ele cita agricultura com maquinário conectado. "Vamos identificar o quanto é possível tornar essa política conectada até 2022".

Segundo a vice-presidente de estratégia da Ericsson, Carla Belitardo, a relação com o ministério é como "facilitador" para a implantação da Internet das Coisas em projetos com outras pastas. "Dentro das consultas públicas (do plano de IoT), nós participaremos, daremos contribuição, e a contrapartida do Ministério é facilitar as relações que eles têm, e que nós não temos, de entrar nas esferas governamentais além do Minicom", declara. Belitardo confirma que o projeto do laboratório já estava previsto para acontecer de forma independente, mas que a parceria com o governo aconteceu após conversas com a comitiva do Ministério em recente evento em Bruxelas. Ela afirma ainda que a Ericsson discutiu com o ministro André Figueiredo a possível inclusão de cidades em projetos de cidades digitais, mas não revelou quais.

O laboratório terá provas de uso com abordagens em temas como segurança pública e água inteligente, como foram os casos mostrados na inauguração nesta sexta-feira. Segundo o diretor do centro de inovação da empresa, Edvaldo Santos, o investimento de R$ 2 milhões foi "basicamente com capital intelectual e insumos como sensores acústicos, sonoros" e para provas de conceito.

 

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