A indústria eletroeletrônica fechou 5,4 mil postos de trabalho no primeiro trimestre do ano, sendo apenas em março 2,8 mil vagas fechadas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged) compilados e divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) nesta sexta-feira, 6.

O resultado para os primeiros três primeiros meses de 2016 foi 1,4 mil acima do esperado pela associação e representa um número mais de cinco vezes maior do que o total no primeiro trimestre de 2015 (1,03 mil desligamentos). Neste ano foram 748 vagas fechadas em janeiro, 1,8 mil em fevereiro e 2,8 mil em março.

No acumulado de 12 meses, foram 50 mil postos de trabalho fechados. Assim, o setor agora conta com 242,6 mil empregados diretos, patamar próximo ao de 2006, quando eram 241 mil trabalhadores. É também o 23º mês seguido de quedas no quadro total da indústria eletroeletrônica – a tendência de demissões começou justamente em maio de 2014. Em comunicado, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, afirma que acredita que a "manutenção da crise política" se prolongou e "as empresas não tiveram saída". Agora, ele evita previsões para o ano.

 

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